Impulso para afrouxamento monetário nos principais BCs diminuiu em abril

Publicado 07.05.2025, 08:31
Atualizado 07.05.2025, 08:35
© Reuters. Sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt, na Alemanhan18/07/2024nREUTERS/Jana Rodenbusch

Por Karin Strohecker e Sumanta Sen

LONDRES (Reuters) - A pressa para cortar as taxas de juros nos principais bancos centrais do mundo diminuiu em abril, à medida que as autoridades enfrentaram incertezas quanto às perspectivas de crescimento econômico e de inflação na esteira da escalada das tensões comerciais.

Dois dos cinco bancos centrais que supervisionam as dez moedas mais negociadas e que se reuniram em abril - o Banco Central Europeu e o banco central da Nova Zelândia - reduziram as taxas de juros em 25 pontos-base cada.

As autoridades monetárias de Austrália, Japão e Canadá, por outro lado, deixaram suas taxas inalteradas, enquanto os bancos centrais de Suécia, Suíça, Noruega, Reino Unido e Estados Unidos não se reuniram em abril. Em fevereiro, metade dos bancos centrais do G10 havia cortado os juros.

O foco agora se volta para o Federal Reserve, que conclui sua reunião de política monetária nesta quarta-feira.

"O Federal Reserve enfrenta um desafio cada vez mais acentuado entre atividade mais fraca e inflação rígida em sua reunião desta semana, conforme observado nos dados do PIB do primeiro trimestre", disse Jean Boivin, chefe do BlackRock (NYSE:BLK) Investment Institute.

O aperto total para o ano entre os bancos centrais do G10 está em 25 pontos-base por meio de um aumento de juros pelo Japão, enquanto a contagem de cortes ficou em 325 pontos-base em 12 movimentos, segundo cálculos da Reuters.

Os mercados emergentes apresentaram um quadro semelhante, com a escala de afrouxamento diminuindo na amostra da Reuters de 18 bancos centrais de economias em desenvolvimento.

Quatro dos 13 bancos centrais que se reuniram cortaram as taxas de juros. Índia, Tailândia, Filipinas e Colômbia reduziram suas taxas em 25 pontos-base cada, enquanto outros oito mantiveram as taxas inalteradas.

"As oscilações do dólar, as incertezas do Fed e os temores de que a diplomacia tarifária possa fomentar as saídas de capital introduziram uma nota de cautela em algumas decisões recentes dos bancos centrais dos mercados emergentes", disse Jon Harrison, da TS Lombard.

Enquanto isso, a Turquia apresentou um aumento inesperado de 350 pontos-base na taxa de juros para conter os fluxos de saída devido à política interna.

A mais recente medida da Turquia, bem como os dois aumentos de juros pelo Banco Central do Brasil desde o início do ano, elevou o total de aperto realizado até agora em 2025 para 550 pontos.

Do lado do afrouxamento, os bancos centrais dos mercados emergentes em outros lugares realizaram reduções de 850 pontos por meio de 14 cortes.

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