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Índice de Preços de Alimentos da FAO sobe 0,9% em maio, puxado por cereais e lácteos

Publicado 07.06.2024, 07:43
Atualizado 07.06.2024, 11:10
© Reuters.  Índice de Preços de Alimentos da FAO sobe 0,9% em maio, puxado por cereais e lácteos
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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu 1,1 ponto em maio, cerca de 0,9% acima do valor revisto do mês anterior. A média ficou em 120,4 pontos no quinto mês do ano. O avanço nos subíndices de cereais e lácteos compensou ligeiramente os recuos nos subíndices de açúcar e óleos vegetais, enquanto os preços de carnes permaneceram quase inalterados, segundo a FAO.

Apesar da terceira alta mensal consecutiva, o índice ficou 3,4% abaixo do valor correspondente de 2023 e foi 24,9% menor que o pico de 160,2 pontos alcançado em março de 2022.

O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 118,7 pontos em maio, 7,1 pontos (6,3%) a mais que abril, mas 10,6 pontos (8,2%) abaixo do valor de maio de 2023. A organização atribuiu a alta mensal às preocupações com as condições desfavoráveis das colheitas para as safras de 2024. Além disso, danos à infraestrutura de transporte do Mar Negro agravaram os temores.

Para o milho, os preços foram impulsionados com preocupações com a produção argentina e brasileira, juntamente com a atividade limitada dos agricultores na Ucrânia e os efeitos colaterais dos mercados de trigo. A cevada e o sorgo também subiram, enquanto o índice de preços de arroz avançou 1,3% no mês.

O levantamento também mostrou que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais teve média de 127,8 pontos em maio, baixa de 3,1 pontos (2,4%) ante abril, mas 7,7% maior que o valor correspondente em 2023.

Conforme a FAO, o recuo mensal ocorreu com os preços mais baixos do óleo de palma, que caíram pelo segundo mês seguido com o avanço na produção e uma prolongada demanda enfraquecida. Já o óleo de soja se recuperou, com o aumento da demanda do setor de biocombustíveis, particularmente no Brasil. Enquanto isso, os óleos de girassol e colza se firmaram com o recuo da disponibilidade de exportação na região do Mar Negro e a possível restrição de oferta em 2024/25.

O subíndice de preços da Carne da FAO teve média de 116,6 pontos em maio, ligeira queda de 0,2 ponto (0,2%) ante abril e 1,5 ponto (1,3%) abaixo do valor de 2023. De acordo com a FAO, a queda nos preços da carne de aves refletiu uma maior oferta em meio a uma menor demanda interna em alguns dos principais produtores.

Já a ligeira baixa da carne bovina foi causada por uma demanda fraca e as amplas ofertas da Oceania. Em contrapartida, o aumento nos preços da carne suína foi sustentado por uma alta na demanda e uma persistente restrição de oferta, principalmente na Europa Ocidental. Enquanto isso, a carne ovina subiu com o avanço das compras globais, apesar da abundante oferta na Oceania.

O relatório mostrou, ainda, que o subíndice de preços de Lácteos teve média de 126 pontos em maio, alta de 2,3 pontos (1,8%) diante de abril e 4,3 pontos (3,5%) maior que o valor de 2023. Segundo a FAO, as cotações de todos os produtos lácteos representados subiram no mês.

O avanço foi sustentado pelo aumento da demanda dos setores de varejo e serviços alimentares antes das férias de verão no Hemisfério Norte, além de expectativas de que a produção de leite possa ficar abaixo dos níveis históricos na Europa Ocidental, juntamente com uma produção reduzida na Oceania. Novas demandas pontuais, especialmente de países do Oriente Médio e do Norte da África, também contribuíram para a alta dos preços.

De acordo com a FAO, o subíndice de preços do Açúcar teve média de 117,1 pontos em maio, recuo de 9,5 pontos (7,5%) ante abril, sendo a terceira queda mensal seguida e representando o nível mais baixo desde janeiro de 2023. O subíndice também foi 40,1 pontos (25,5%) menor na comparação anual com maio de 2023.

A organização atribuiu a queda pelo bom início de colheita no Brasil, que foi favorecido por condições climáticas propícias, o que melhorou a perspectiva de oferta global. Maiores volumes disponíveis para exportação brasileira e preços mais baixos do petróleo também exerceram pressão, segundo a FAO.

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