Investing.com - A inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços PCE e a preferida do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), apresentou alta de 0,1% em junho, conforme estimativa, maior do que a estabilidade registrada anteriormente. Assim, a variação anual do PCE caiu de 2,6% para 2,5%, conforme o esperado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 26 de julho.
O núcleo do PCE, que exclui preços voláteis como energia e alimentos, apresentou elevação de 0,2% em junho, seguindo em linha com as projeções do mercado, após subir 0,1% no mês anterior. O indicador em doze meses foi mantido em 2,6%, apesar da expectativa de 2,5%.
Os indicadores seguem indicando desaceleração da inflação nos últimos meses, mas continuam acima do desejado, de acordo com Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. “Conjuntamente, os últimos dados de atividade econômica e do mercado de trabalho e da inflação começam a dar sinais de arrefecimento – estimamos um pouso suave até o final do ano, não uma recessão”.
Sung completa que os dados de consumo das famílias voltaram a desacelerar na comparação mensal, o que avalia ser “um cenário positivo para o banco central norte-americano, o Fed, mas não o suficiente para iniciar o ciclo de cortes de juros”.
A narrativa de pouso suave também é percebida por Paula Zogbi, gerente de research da Nomad, que afirma que a leitura é benigna “fortalece a narrativa de que os EUA percorrem a última milha do combate à inflação e o FOMC, comitê de mercado aberto do Fed, deve ter espaço para começar a cortar juros em breve, já que continua na direção de convergência para a meta de 2%”. Apesar disso, pondera que a expectativa para a próxima reunião é de manutenção, mas com tendência de corte em setembro.
Às 9h35 (de Brasília), Nasdaq 100 Futuros subia 1,12%, S&P 500 Futuros ganhava 0,82% e o Dow Jones Futuros registrava acréscimo de 0,67%. O Ibovespa Futuros apresentava valorização de 0,08% e o dólar hoje subia 0,09% a R$5,6498.
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