Mercado reduz previsão de inflação este ano a 5,05% e vê superávit comercial menor em 2025 e 2026
Investing.com – A inflação americana medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,5% em janeiro, acima dos 0,3% esperados pelo mercado e dos 0,4% de dezembro. Assim, o indicador em doze meses acelerou de 2,9% para 3%, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Trabalho nesta quarta-feira, 12 de fevereiro.
O índice de alimentos subiu 0,4% no mês, com destaque para carnes, aves, peixes e ovos, que registraram alta de 1,9%, após disparada de 15,2% nos preços dos ovos. Enquanto isso, a energia subiu 1,1% no mês, com alta de 1,8% nos preços da gasolina.
Já o núcleo subiu 0,4% no mês, também acima das expectativas consensuais, pressionado por indicadores como seguros de veículos, recreação, veículos usados, assistência médica, comunicação e passagens aéreas. Na leitura de dezembro, o núcleo havia registrado elevação de 0,2%. Com o resultado, o núcleo passou de 3,2% para 3,3% em uma base anual.
Após a divulgação dos dados, às 10h35 (de Brasília), Nasdaq 100 Futuros caía 1,02%, S&P 500 Futuros estava em desvalorização de 0,95% e o Dow Jones Futuros perdia 0,94%. O Ibovespa Futuros estava em queda de 1,07% e o dólar hoje subia 0,19%, a R$5,7745.
Política monetária em foco
Analistas da Vital Knowledge consideraram os dados como "claramente negativos" e afirmaram que “os mercados terão sorte se conseguirem apenas um corte de 25 pontos-base em 2025”.
O dado reforça a postura cautelosa do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O chairman discursou ao Congresso nesta semana e afirmou que não há pressa para novos cortes nas taxas de juros diante de uma inflação persistentemente alta.
Segundo Powell, uma economia robusta e desemprego em 4% também são fatores que levam a autoridade monetária americana a manter a política monetária mais restritiva neste momento.
“Sabemos que reduzir a restrição monetária muito rápido ou em excesso pode comprometer os avanços no combate à inflação”, destacou o chairman do Fed.
Além disso, o mercado monitora os efeitos das tarifas adotadas pelo governo americano na inflação ao consumidor. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou taxação contra a China e produtos como aço e alumínio - medidas que são vistas como inflacionárias por analistas de mercado.
“A grande questão é se as mudanças na política econômica afetarão as expectativas de inflação de longo prazo”, argumentaram os analistas do BofA (NYSE:BAC) em nota no início desta semana.
Com informações de Scott Kanowsky
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