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IPCA: Câmbio, alimentação e energia devem ter pressionado inflação em outubro

Publicado 07.11.2024, 12:05
© Reuters.

Investing.com – Alimentação, energia e um dólar apreciado devem ter afetado os preços no mês de outubro, avaliam economistas consultados pelo Investing.com Brasil. O mercado conhece nesta sexta-feira, 08 de novembro, os dados de inflação oficiais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As projeções consensuais indicam uma alta de 0,53% em outubro, após 0,44% de variação positiva em setembro.

“Os principais fatores que devem impactar o IPCA de outubro incluem as condições climáticas (baixa incidência de chuvas), um mercado de trabalho aquecido e sem sinais de arrefecimento, além da depreciação da taxa de câmbio”, destaca Raphael Moses, professor de finanças do Coppead/UFRJ.

Na prévia de meio de mês de outubro, o IPCA-15 avançou 0,54%, com alta em oito de nove grupos, com maior variação em habitação, impulsionado pela alta na energia, e maior impacto de alimentação e bebidas. O único grupo em queda foi o de transportes, com diminuição expressiva em passagens aéreas.

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Carnes e bandeira vermelha devem ter sido fatores de pressão

A vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 a partir em outubro e um aumento nos preços das carnes estão entre os fatores mencionados pelos economistas. O professor lembra que as condições climáticas adversas afetaram o preço da energia elétrica, além das plantações, lavouras e pastagens, levando para cima os preços de produtos in natura e proteínas animais.

Alexandre Maluf, economista da XP (BVMF:XPBR31), espera 0,57% na leitura de outubro e uma aceleração, principalmente em itens que são considerados mais voláteis, como energia e alimentação. “Energia elétrica, por conta de bandeira vermelha, como no IPCA-15, deve ser o protagonista, o que deve mais contribuir para a aceleração do índice”.

Em alimentação, as altas devem ser puxadas pelas carnes, diante do movimento do preço do boi gordo, transmitido para os preços de outras proteínas e alimentos. “Então, em novembro e dezembro, a gente deve ver o frango reagir também”. Alimentação fora do domicílio, como refeições e lanches, devem subir de forma expressiva.

Em serviços, a leitura deve registrar queda nas passagens aéreas, mas cinema, teatros e concertos devem apresentar uma forte aceleração mensal, de acordo com Maluf. Além disso, o etanol também deve pesar para baixo.

Sérgio Vale, economista-chefe MB Associados, estima uma leitura de 0,68% no mês de outubro entende que a grande preocupação seguirá no grupo alimentação. “Nos preços agrícolas, de uma forma geral, mas as carnes com mais intensidade. Estamos vendo essa pressão acontecer nos últimos dois meses e começa a ter um repasse para o varejo”. Por outro lado, para os próximos meses, a bandeira amarela na conta de energia elétrica pode tirar a pressão.

Mercado de trabalho aquecido e câmbio em foco

Com desemprego baixo, renda mais elevada e mercado de trabalho aquecido, a inflação fica mais pressionada, de acordo com os especialistas. “Tem uma demanda que segue ainda relativamente forte, é um PIB que está acima do PIB potencial”, reforça Vale.

Os preços dos serviços são pressionados por um mercado de trabalho e pelo aumento da massa salarial, com resultados acima do esperado na prévia de outubro, detalha Moses. Ainda, um dólar mais elevado frente ao real afeta preços dos bens industriais, além de alguns serviços, como passagens aéreas e preços de alimentos, pois tornam as importações mais caras e estimulam as vendas ao mercado internacional, reduzindo a oferta interna.

IPCA pode romper teto da meta neste ano, pressionando Copom

O mercado espera uma inflação acima do teto da meta para 2024. De acordo com o último Boletim Focus, economistas consultados pelo Banco Central veem o IPCA com alta de 4,59% em doze meses ao final do ano, enquanto a meta é de 3%, com 1,5 ponto percentual de tolerância. Para os economistas, o cenário não é favorável e os preços seguem pressionados, como apontado na prévia.

Para Vale, o IPCA pode chegar a 4,8% no final desse ano, estourando o teto da meta. “No passado foi 4,62%, ainda estava um pouco abaixo do teto, o teto era um pouco maior, 4,75%, mas agora a gente está falando de um teto um pouquinho menor, uma inflação que está muito parecida com o que foi no passado”.

A percepção, assim, é de que o Banco Central precisará ser mais agressivo e manter a taxa de juros elevada por mais tempo para controlar as pressões inflacionárias. Vale (BVMF:VALE3) estima que a Selic chegue a 11,75% ao final do ano e ultrapasse 12% no começo do ano que vem, ficando entre 12% e 13%. Uma futura queda após o pico, segundo o economista, depende de um cenário mais tranquilo de câmbio, além de medidas do governo para equilibrar as contas públicas.

O prospectivo da inflação no Brasil segue desafiador, concorda o especialista da XP, que projeta um índice de 4,6% ao final deste ano e 4,1% ao final do ano que vem, mas indica que os dados devem passar por uma revisão. Já a visão de Moses é de que o Copom deve terminar o ano com taxa de juros de 11,75%, visando combater a alta inflacionária.

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