🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

IPCA-15 tem maior deflação para dezembro em 24 anos e termina 2018 abaixo de 4%

Publicado 21.12.2018, 10:14
© Reuters. Consumidores fazem compras em mercado no Rio de Janeiro

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços de transportes, saúde e habitação caíram com força, e a prévia da inflação oficial do Brasil registrou o maior recuo em 24 anos para o mês de dezembro, indicando que os preços devem encerrar 2018 abaixo do centro da meta e reforçando as expectativas de que uma alta dos juros passou a ficar distante.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) terminou 2018 com alta de 3,86 por cento, ante 2,94 por cento em 2017, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

A meta oficial de inflação do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Se o resultado se repetir no IPCA, a ser divulgado em 11 de janeiro, será o segundo ano seguido em que a inflação brasileira encerrará o ano abaixo do centro do objetivo -- em 2017 o índice oficial terminou em 2,95 por cento, abaixo até mesmo do piso.

O resultado dos 12 meses até dezembro ficou praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 3,90 por cento.

Na comparação mensal, o IPCA-15 teve em dezembro queda de 0,16 por cento, contra avanço de 0,19 por cento em novembro e expectativa de queda de 0,12 por cento. Esse é o menor resultado mensal desde julho de 2017 e a maior deflação para o mês de dezembro desde a implantação do Plano Real, em 1994.

O resultado mensal teve deflação em quatro dos nove grupos pesquisados. O principal impacto negativo foi exercido pelo grupo Transportes, cujos preços recuaram 0,93 por cento depois de alta de 0,31 por cento em novembro, devido principalmente à redução de 5,47 por cento nos preços da gasolina.

Também apresentaram queda no mês os preços de Saúde e cuidados pessoais, de 0,58 por cento, de Habitação, de 0,52 por cento, e de Comunicação, de 0,07 por cento.

© Reuters. Consumidores fazem compras em mercado no Rio de Janeiro

Por outro lado, Alimentação e bebidas, com alta de 0,35 por cento, teve o maior impacto positivo no mês, embora tenha desacelerado frente à taxa de 0,54 por cento registrada em novembro.

Na semana passada, o BC manteve a Selic em 6,50 por cento e reconheceu que os riscos baixistas para a inflação cresceram. Na ata do encontro, o BC traçou um quadro favorável para a inflação, jogando para um futuro indeterminado eventual início de aperto nos juros após deixar de mencionar essa possibilidade em suas comunicações.

O BC retirou de sua comunicação recente menção a eventual início gradual de subida nos juros, o que segundo o presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, não foi um acidente, ressaltando que a assimetria do balanço de riscos de fato diminuiu, mas que o BC está atento sobretudo às tendências para tomar seus próximos passos.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.