Investing.com - O IBGE divulgou na manhã desta terça-feira (22) o IPCA-15, que mensura a inflação na primeira quinzena de outubro. No período, a inflação teve uma leve alta de 0,09%, repetindo o nível do mês anterior, mas acima do consenso entre os analistas de mercado, que projetavam uma elevação 0,04% no período. Este é o menor resultado para um mês de outubro desde 1998, quando a taxa foi de 0,01%.
Na variação anual, o IPCA-15 acumula alta de 2,72%. O consenso apontava 2,68%. Em setembro, o índice acumulado em 12 meses era de 3,22% em setembro, nível mais baixo desde maio de 2013 (+2,70%) nessa base de comparação. Assim, a inflação vai abaixo do piso da meta oficial para 2019, de 4,25% pelo IPCA com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos
A baixa aceleração inflacionária verificada na primeira quinzena de outubro permite ao Copom continuar o atual ciclo de flexibilização monetária, que reduziu a taxa básica de 6,5% ao ano para 5,5% nas duas últimas reuniões, com corte de 50 pontos-base em cada encontro. Mas o atual resultado do IPCA-15 pode começar a apontar o piso que a autoridade monetária pode chegar com o atual ciclo de redução de juros. A curva de juros abriu a sessão desta terça-feira com leve alta.
Com isso, o dólar americano apresentava um forte recuo às 09h59, negociada a R$ 4,0988, baixa de 0,72%. A perspectiva de um piso para a atual queda da Selic pode delimitar o diferencial de juros entre as taxas brasileira e a estrangeira. A proporção maior da queda e perspectiva de redução da Selic em relação à baixa do juros pelo Fed nos EUA é apontado como um dos principais fatores para a manutenção do dólar acima de R$ 4,00 há mais de dois meses.
Após o resultado, o índice Ibovespa Futuro abriu com leve baixa de 0,05%, intensificando as perdas para 0,12% às 09h09. A baixa está condicionada mais à realização de lucros após o recorde histórico de fechamento na véspera do que ao resultado do IPCA-15.