Lula diz que não ligará para conversar porque Trump não quer, mas que irá convidá-lo para a COP

Publicado 05.08.2025, 12:59
Atualizado 05.08.2025, 16:10
Lula diz que não ligará para conversar porque Trump não quer, mas que irá convidá-lo para a COP

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que vai ligar para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para convidá-lo para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) que será realizada em novembro deste ano em Belém. "Não vou ligar para o Trump para conversar, não, porque ele não quer falar. Mas eu vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para a COP. Porque eu quero saber o que ele pensa da questão climática. Vou ter a gentileza de ligar", disse Lula na abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o "Conselhão", no Palácio Itamaraty.

Lula ainda brincou que, apesar de a Amazônia ser conhecida como o "pulmão do mundo", a dívida externa brasileira "é a nossa pneumonia".

Mais cedo, também no início dos trabalhos do Conselhão, Lula já havia afirmado que o Brasil merece respeito e criticou a postura de Trump, de anunciar novas taxações contra o País. "O presidente norte-americano não tinha direito de anunciar taxações como anunciou ao Brasil", disse.

Segundo Lula, Trump poderia ter ligado a ele ou ao vice-presidente Geraldo Alckmin, já que haveria disposição para diálogo. Ele acrescentou ainda que a medida não se trata de uma questão política, mas sim eleitoral.

O presidente reforçou que o Brasil merece respeito no cenário internacional e destacou seu papel como exemplo de País negociador. "Tem gente que acha que a gente é vira lata, tem gente que não gosta de se respeitar. E ninguém pode dizer que tem um governo que gosta mais de negociar do que nós. Eu nasci na vida política negociando ... nesse mundo, ninguém me dá lição de negociação", afirmou, ao reiterar que já lidou com vários magnatas.

Ele criticou a ausência de figuras nacionalistas no País e emendou que, hoje, os empresários são mais mercantilistas.

O presidente voltou a afirmar que o Brasil não pode depender de um único país e reiterou que está cansado de ser tratado como pertencente ao Terceiro Mundo.

’Marco lastimável’

Lula disse que o dia 30 de julho de 2025, data em que os EUA oficializaram o tarifaço contra o Brasil e a aplicação de sanções ao ministro Alexandre de Moraes, "entrará para a história como marco lastimável na relação Brasil-EUA". Para Lula, o "multilateralismo passa por momento crítico".

"Vários setores da economia são afetados pela covardia dos que se associaram a interesses alheios a nossa nação", ressaltou Lula, destacando que a "interferência nos Poderes brasileiros contou com auxílio de verdadeiros traidores da Pátria". "Proteger nossa soberania é interesse que está acima de todos os partidos. O governo não transigirá e não vacilará em defender a soberania brasileiro", reforçou.

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