PESQUISA-Atividade industrial da China deve ter contraído em abril com tarifas de Trump

Publicado 29.04.2025, 10:20
Atualizado 29.04.2025, 10:26
© Reuters. Funcionários trabalham em fábrica de Suqian, na Chinan09/04/2025nChina Daily via REUTERS

PEQUIM (Reuters) - A atividade industrial da China provavelmente se contraiu em abril, segundo pesquisa da Reuters divulgada nesta terça-feira, à medida que o pacote de tarifas do "Dia da Libertação" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, interrompeu repentinamente dois meses de recuperação.

Uma pesquisa da Reuters com 30 economistas previu que o Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial ficará em 49,8 na quarta-feira, abaixo dos 50,5 de fevereiro e do limite de 50 pontos que separa o crescimento da contração da atividade.

A decisão de Trump de impor tarifas de 145% à China chega em um momento particularmente difícil para a segunda maior economia do mundo, que está enfrentando a deflação devido ao crescimento lento da renda e a uma prolongada crise imobiliária.

Os produtores estavam antecipando as remessas de saída antes das tarifas, levando as exportações a uma máxima de cinco meses em março, mas a chegada das taxas agora pôs fim a essa estratégia.

As autoridades chinesas têm confiado amplamente nas exportações para sustentar a frágil recuperação econômica desde o fim da pandemia da Covid-19 e só começaram a tomar medidas para impulsionar a demanda doméstica com mais seriedade no final do ano passado.

Analistas esperam que Pequim ofereça mais estímulos monetários e fiscais nos próximos meses para sustentar o crescimento e isolar a economia das tarifas.

A China tem negado repetidamente que esteja tentando negociar com os EUA uma saída para as tarifas e, em vez disso, parece estar apostando que Washington recuar. Dessa forma, Pequim tem avançado com os planos de estímulo deste ano para amarrar a economia e mitigar o impacto da perda, pelo menos temporariamente, de seu maior cliente.

O consenso geral entre os observadores da China é que uma segunda guerra comercial com os EUA pesará significativamente sobre o crescimento.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), o Goldman Sachs (NYSE:GS) e o UBS revisaram recentemente para baixo suas previsões de crescimento econômico para a China em 2025 e 2026, citando o impacto das tarifas dos EUA - nenhum deles espera que a economia atinja a meta oficial de crescimento de Pequim.

Analistas consultados pela Reuters preveem que o PMI Caixin do setor privado caiu para 49,8, ante 51,2 no mês anterior. Os dados serão divulgados em 30 de abril.

(Por Joe Cash)

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