Investing.com - A economia brasileira registrou uma expansão de 0,6% no terceiro trimestre comparado com os três meses anteriores, puxado por indústria e serviços, totalizando em valores correntes R$ 1,84 trilhão, segundo divulgação do resultado das Contas Nacionais realizado pelo IBGE nesta terça-feira de manhã. O crescimento econômico registrado no período superou a estimativa do mercado de alta de 0,4%.
Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a alta foi de 1,2%, a décima primeira alta consecutiva nesta base de comparação, também superando o consenso de 1% dos analistas de mercado. No acumulado até setembro, o PIB brasileiro registra expansão de 1%. De acordo com a instituição, a economia brasileira ainda está 3,6% abaixo do pico da série histórica, atingido no primeiro trimestre de 2014, quando iniciou o período de retração do PIB brasileiro até 2016.
No lado da oferta, o setor agropecuário apresentou maior alta, com crescimento de 1,3% sobre o período anterior. Mas o setor de serviços foi o destaque com expansão de 0,4% por ter maior peso na base de cálculo, enquanto a indústria registrou crescimento de 0,8%.
No lado da demanda, os investimentos subiram 2%, o consumo das famílias 0,8%, enquanto os gastos do governo retraíram 0,4% em relação ao segundo trimestre. Já o setor externo, as exportações de bens e serviços registraram queda de 2,8% e as importações subiram 2,9%. Com isso, a taxa de investimentos do terceiro trimestre ficou inalterada em relação à registrada entre abril e junho, ficando em 16,3%, enquanto a taxa de poupança ficou em 13,5%.
O crescimento dos serviços foi resultado da expansão das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, que cresceram 1,2%, enquanto comércio subiu 1%, informação e comunicação 1,1%, atividades imobiliárias 0,3% e outras atividades de serviços 0,1%. Já a indústria a alta ocorreu com o crescimento de 12% do setor extrativo - especialmente exploração de petróleo - e de 1,3% da construção civil. Entretanto, a indústria de transformação registrou declínio de 1% e atividades de gestão de resíduos teve uma queda de 0,9%. A indústria de transformação sofre com a queda das exportações, que sofrem com a menor demanda mundial com um mundo em desaceleração e com a crise da Argentina.
Além disso, a alta na construção civil, que registrou 20 trimestres consecutivos de queda, permitiu o avanço dos investimentos no lado da demanda.
Por fim, o PIB de 2018 foi revisado e teve um incremento de 0,2 ponto percentual. Agora, o PIB do ano passado foi de 1,3% contra 1,1% estimado anteriormente.