Trump vai impor tarifa de 100% sobre a China a partir de 1º de novembro
Por Maria Martinez
BERLIM (Reuters) - A produção industrial da Alemanha caiu muito mais do que o esperado em agosto diante de uma queda acentuada na fabricação de automóveis, uma vez que a demanda antecipada antes das tarifas dos Estados Unidos secou.
A produção industrial caiu 4,3% em comparação com o mês anterior, informou o escritório federal de estatísticas nesta quarta-feira, a maior queda desde março de 2022, logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Analistas consultados pela Reuters previam recuo de 1,0%.
A produção no maior ramo industrial da Alemanha, a indústria automotiva, caiu 18,5% em relação ao mês anterior, devido à combinação de fechamentos anuais de fábricas para feriados e trocas de produção, informou o escritório de estatísticas.
A demanda do principal parceiro comercial da Alemanha, os Estados Unidos, desacelerou após meses de compras antecipadas antes das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.
"Mesmo que possa haver alguns fatores pontuais em jogo, tememos que a queda acentuada na produção industrial também reflita fortemente o fim da antecipação de tarifas por parte dos EUA", disse Carsten Brzeski, chefe global de macro do ING.
Ele alertou que os dados industriais "extremamente decepcionantes" de agosto aumentaram o risco de mais um trimestre de contração para a economia alemã, que encolheu 0,3% no segundo trimestre em comparação com os três primeiros meses do ano.
(Reportagem adicional de Klaus Lauer, Tristan Veyet e Emanuele Berro em Gdansk)