A despeito da ligeira alta de 0,1% na produção industrial nacional em agosto ante julho, houve perdas em 18 dos 25 ramos de atividade pesquisados no período. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas sete mostraram avanço na produção.
Entre as atividades, a influência positiva mais importante partiu das indústrias extrativas, com alta de 1,1%, após queda de 2,2% em julho. Houve contribuições positivas relevantes também de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%) e produtos químicos (0,7%).
Na direção oposta, entre as 18 atividades que apontaram queda na produção, os maiores impactos negativos partiram de três atividades que vinham de crescimento expressivo no mês anterior, apontou André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE: veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%), produtos diversos (-16,7%) e impressão e reprodução de gravações (-25,1%).
A queda na produção de veículos interrompeu dois meses seguidos de crescimento, período em que acumulou uma expansão de 16,0%. Produtos diversos eliminaram parte do avanço de 20,7% registrado em julho, enquanto impressão também perdeu parte da alta de 30,9% vista no mês anterior.
Houve perdas relevantes ainda em agosto em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,2%), produtos de metal (-4,0%), metalurgia (-2,5%), bebidas (-3,4%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,6%), máquinas e equipamentos (-2,7%), celulose, papel e produtos de papel (-2,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,9%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-3,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,4%).