SÃO PAULO (Reuters) - A Renascença elevou a estimativa de alta do IPCA em 2022 de 6,4% para 6,5%, após a surpresa para cima na leitura do índice de março.
A casa disse ter visto com preocupação o comportamento dos preços nos serviços. Segundo a Renascença, na leitura do IPCA-15 de março esse grupo havia sido a "notícia boa", com desaceleração na margem ou algum indício de acomodação.
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"Contrariamente hoje as medidas aceleraram e não parecem ter se acomodado. Na abertura, vemos itens relacionados a alta de bens pressionando os serviços do mesmo setor", disse.
A inflação pelo IPCA deu o maior salto desde 1994 para um mês de março, sob o impacto da alta dos combustíveis e com disseminação generalizada por vários grupos de produtos e serviços, e atingiu 11,30% em 12 meses, acima do esperado pelo mercado e mais de três vezes a meta do governo para o ano. A taxa mensal de março foi de 1,62% --acima das expectativas de analistas, que previam alta de 1,30% no mês e de 10,98% em 12 meses.
(Por José de Castro)