Saída de dólares em 2024, de US$ 15,9 bi, é a 3ª maior

Publicado 03.01.2025, 04:15
Atualizado 03.01.2025, 07:40
© Reuters.  Saída de dólares em 2024, de US$ 15,9 bi, é a 3ª maior
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O Brasil registrou em 2024 um fluxo cambial negativo de US$ 15,9 bilhões. Foi a terceira maior saída líquida anual de dólares do País desde 2008, quando começa a série histórica do Banco Central. Esses resgates de dólares só foram maiores que no ano passado em 2019 e em 2020, quando atingiram US$ 44,768 bilhões e US$ 27,923 bilhões, respectivamente - período marcado pelos efeitos da pandemia de covid-19.

Ao longo de 2024, o dólar se valorizou 27,3% em relação ao real, passando de R$ 4,85, no início do ano, a R$ 6,18. A moeda americana, que já vinha com tendência de alta desde a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, acelerou os ganhos ante o real depois do anúncio do pacote de contenção de gastos do governo, no fim de novembro, considerado por economistas e analistas de mercado como insuficiente para reequilibrar as contas públicas.

Diante da disparada das cotações no mês passado, o BC realizou diversas intervenções vendendo moeda no mercado de câmbio. Ao todo, foram colocados US$ 21,5 bilhões (cerca de 6% das reservas do País) em leilões à vista no mercado - a maior injeção de recursos em um único mês da história do regime flutuante de câmbio, em vigor desde 1999.

Os dados de 2024, divulgados ontem pelo BC, ainda são preliminares e incorporam o fluxo contabilizado entre 1.º de janeiro e 27 de dezembro. Informações sobre o movimento de câmbio nos dias 30 e 31 serão divulgadas na próxima semana.

No acumulado do ano passado, o fluxo financeiro foi negativo em US$ 84,39 bilhões, resultado de US$ 589,98 bilhões em compras e US$ 674,385 bilhões em vendas. O indicador considera investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamentos de juros, entre outras operações.

Reflexo das pesadas intervenções do BC no câmbio ao longo de dezembro, as reservas internacionais do País caíram 8,46% entre novembro e dezembro, a maior queda mensal na série histórica iniciada em 2008. Em valores nominais, passaram de US$ 363 bilhões para US$ 332,3 bilhões, o menor nível desde fevereiro de 2023.

Pregão

No primeiro pregão do ano, o dólar abriu em alta, mas acabou perdendo força e fechou a R$ 6,16, recuo de 0,29% em relação ao fechamento de 2024. As incertezas quanto à situação fiscal do País e o ambiente externo desfavorável ao real foram o pano de fundo dos negócios no dia. "Se houver sinalização de novas medidas para organizar as contas (públicas), certamente o dólar poderá cair", disse Marcelo Bolzan, sócio da The Hill Capital.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com queda de 0,13%, aos 121.125 pontos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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