Após tarifas de Trump ao Brasil, small cap na B3 subiu mesmo com mercado negativo
NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do açúcar bruto caíram quase 3% nesta terça-feira na bolsa ICE, em direção ao seu nível mais baixo em quatro anos, com os investidores voltando a se concentrar na melhora das perspectivas de produção na Índia e na Tailândia e deixando de lado, por enquanto, a recuperação dos preços do petróleo.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto fechou em queda de 0,44 centavo de dólar, ou 2,7%, a 16,08 centavos de dólar por libra-peso, depois de atingir 15,93 centavos de dólar na mínima de quatro anos na segunda-feira.
* Os negociantes observaram que os investidores especulativos estavam fortemente vendidos e que a recuperação dos preços da energia, devido à guerra entre Israel e Irã, não estava conseguindo impulsionar o açúcar.
* Os preços mais altos da energia deveriam, em teoria, levar as usinas de cana brasileiras a produzir menos açúcar e mais etanol, um biocombustível à base de cana.
* A corretora Hedgepoint Global Markets disse que vê um enfraquecimento do mercado de açúcar, pressionado pelas previsões de duas temporadas consecutivas de superávit na Índia, fortes exportações da Tailândia, abordagem cautelosa de importação da China e desaceleração das importações da Indonésia e de Bangladesh.
* O açúcar branco caiu 3%, para US$465,30 a tonelada métrica.
CAFÉ
* O café robusta caiu US$37, ou 0,9%, para US$4.155 a tonelada, depois de atingir uma mínima de 10 meses de US$4.133 na semana passada.
* A oferta de robusta foi impulsionada pela colheita no Brasil, onde se espera uma grande safra, e os negociantes observaram que os relatórios meteorológicos das principais áreas de produção permaneceram benignos.
* Eles acrescentaram que a safra de robusta do Vietnã, maior produtor, está quase totalmente vendida e que o desenvolvimento da nova safra parece bom até agora.
* O café arábica caiu 2,3%, para US$3,3245 por libra-peso.
* Os comerciantes disseram que os riscos geopolíticos ligados à guerra entre Israel e Irã parecem estar pesando sobre o café por enquanto, em vez de impulsioná-lo.
(Reportagem de May Angel e Marcelo Teixeira)