Por Jorge Otaola e Nicolás Misculin
BUENOS AIRES (Reuters) - O novo governo da Argentina está negociando com um grupo de bancos de Wall Street uma linha de crédito de até 7 bilhões de dólares para reforçar as suas reservas internacionais e ajudar o país a levantar os controles de capital, disse uma fonte bancária nesta sexta-feira.
O governo de centro-direita do presidente Mauricio Macri, que assumiu na quinta-feira, quer agir rápido para remover os controles cambiais que restringem o acesso a dólares, mas esse movimento é comprometido pelo volume baixo das reservas internacionais do banco central.
A fonte bancária disse que a Argentina está negociando com o HSBC, JPMorgan Chase & Co (N:JPM), Goldman Sachs, Deutsche Bank e Citigroup.
A mesma fonte disse, no entanto, que ainda há obstáculos para um acordo e que um acerto imediato não é provável.
"Os bancos estão trabalhando em um acordo. Seria difícil qualquer coisa acontecer de imediato. Existem alguns detalhes-chave fundamentais para fechar que ainda estão faltando", disse a fonte, sem dar mais detalhes.
Uma fonte do banco central confirmou que as conversas estão sendo realizadas, mas não confirmou o montante em discussão.
As reservas totais do banco central argentino somam 25 bilhões de dólares, mas alguns economistas dizem que as reservas líquidas estão entre 3 bilhões e 6 bilhões de dólares.
(Reportagem adicional de Hugh Bronstein)