Banco do Brasil vê 3º tri ainda "estressado" por agro, mas melhora no 4º com margem financeira
Por Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O Banco do Japão alertará sobre a incerteza quanto ao impacto das tarifas dos Estados Unidos em um relatório trimestral a ser publicado neste mês, mas poderá oferecer uma visão menos pessimista sobre o impacto de curto prazo na economia do que há três meses, disseram três fontes familiarizadas com o assunto.
Com o Banco do Japão a caminho de manter a taxa de juros estável em 0,5% em sua reunião de 30 e 31 de julho, os mercados estão focados em como o banco descreverá as perspectivas de crescimento e de preços em um relatório trimestral a ser publicado após a reunião.
Eles estão buscando pistas sobre o momento do próximo aumento da taxa de juros.
No próximo relatório, é provável que o banco central japonês mantenha seu alerta de que a incerteza sobre o impacto econômico das tarifas dos EUA continua muito alta, disseram as fontes, que não quiseram ser identificadas.
Mas o relatório também pode refletir sinais de resistência nas economias dos EUA e da China, bem como dados domésticos recentes que mostram que a produção e os gastos de capital estão se mantendo, disseram as fontes.
"Embora o impacto das tarifas provavelmente se intensifique, ele não está aparecendo muito nos dados até agora", um fator que pode afetar o tom do próximo relatório do Banco do Japão, disse uma das fontes.
"O Banco do Japão deve permanecer em alerta máximo sobre os riscos das tarifas. Mas também não deve ser excessivamente pessimista", disse outra fonte, opinião compartilhada por uma terceira fonte.
O mais recente relatório foi compilado em 30 de abril e 1º de maio, quando o pessimismo dos investidores estava no auge, com os mercados ainda voláteis após o anúncio do presidente Donald Trump de tarifas "recíprocas" abrangentes.
Esse relatório alerta que a incerteza sobre as tarifas dos EUA atingirá a economia do Japão por meio de vários canais, incluindo a desaceleração da demanda global, o enfraquecimento das exportações e a deterioração da confiança empresarial.
Mas os dados divulgados desde então não mostraram nenhuma evidência clara de danos causados pelas tarifas dos EUA ou pelas negociações comerciais paralisadas do Japão com Washington, pelo menos por enquanto.
No último relatório, o Banco do Japão esperava que a economia crescesse 0,5% no ano fiscal de 2025, 0,7% em 2026 e 1,0% em 2027.
É provável que o banco mantenha sua opinião de que a inflação atingirá de forma duradoura sua meta de 2% na segunda metade de seu período de projeção de três anos, que vai até o ano fiscal de 2027, disseram as fontes.