‘Tempestade perfeita’ derruba estas ações em mais de 10% hoje; é hora de comprar?
NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do café arábica fecharam em queda na sexta-feira, distanciando-se ainda mais do recorde de alta registrado no início da semana, enquanto os preços do açúcar bruto atingiram o pico de dois meses.
CAFÉ
* O café arábica fechou em baixa de 17,7 centavos, ou 4,2%, a US$4,074 por libra-peso. O contrato atingiu uma máxima recorde de US$4,2995 na terça-feira. O café arábica ainda registrou ganho de 2,7% na semana.
* "Acho que houve alguma realização de lucros no mercado no final da semana", disse Tomas Araujo, corretor da StoneX.
* Ele também disse que houve alguma compra por parte dos torrefadores quando o mercado atingiu as mínimas da sessão.
* O mercado do café arábica tem sido sustentado pela oferta restrita e pela perspectiva de uma safra menor de café arábica no Brasil este ano.
* Os futuros do café arábica devem cair cerca de 30% até o final de 2025, com a expectativa de que os recentes preços recordes reduzam a demanda e os primeiros sinais apontando para uma safra brasileira abundante no próximo ano, de acordo com uma pesquisa da Reuters.
* Café robusta caiu 1,1%, para US$5.726 a tonelada métrica, mantendo-se um pouco abaixo do recorde de US$ 5.849 registrado na quinta-feira.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto subiu 0,25 centavo, ou 1,2%, para 20,42 centavos de dólar por libra-peso, depois de atingir uma máxima de dois meses de 20,45 centavos.
* Os comerciantes disseram que as exportações indianas de açúcar diminuíram devido ao aumento dos preços domésticos e que mesmo a atual cota de exportação de um milhão de toneladas pode não ser cumprida.
* "O clima adverso nos principais estados produtores de açúcar levou ao fechamento de várias usinas de açúcar. Consequentemente, é improvável que haja uma maior flexibilização das restrições às exportações da Índia, proporcionando um piso de preços", disse o BMI em uma nota na sexta-feira.
* Um período de seca no Brasil também foi observado no mercado, pois poderia retardar o desenvolvimento da cana.
* O açúcar branco subiu 1,5%, a US$537,50 por tonelada.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)