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Calendário Econômico - 5 principais eventos desta semana

Publicado 24.09.2017, 05:33
© Reuters.  Membros de bancos centrais dominam os 5 principais eventos do calendário econômico desta semana

Investing.com - Na semana a seguir, agentes de mercado voltarão suas atenções a novos comentários de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, já que expectativas quanto a um aumento dos juros em dezembro começam a crescer.

Nesse meio-tempo, investidores se concentrarão em discursos de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), na busca de novas indicações de quando o banco central deixará sua política monetária ultrafrouxa.

Participantes do mercado também se concentrarão em comentários de Mark Carney, dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), em meio a recentes apelos de decisores da instituição por taxas de juros mais altas nos próximos meses.

Além disso, comentários de Stephen Poloz, dirigente do Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês), estarão na agenda após o banco central surpreender muitos com um aumento dos juros no início de setembro.

Por fim, observações de Haruhiko Kuroda, dirigente do Banco do Japão, chamarão a atenção em meio a crescentes expectativas de que o banco central japonês fique atrás de seus pares de todo o mundo no endurecimento da política monetária.

Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com os cinco maiores eventos do calendário econômico com grandes chances de afetar os mercados.

1. Discurso de Janet Yellen, presidente do Fed

Após sinalizar, na semana passada, que ainda pretende elevar os juros em dezembro, o Fed se mantém na mira do mercado com Janet Yellen, presidente da instituição, que possui discurso marcado na reunião anual da Associação Nacional para Economia Empresarial em Cleveland com o título "Inflação, Incertezas e Política Monetária" nas próxima terça-feira às 17h45 (horário de Brasília).

Seus comentários serão observados de perto na busca de qualquer novo indício sobre política monetária. Na semana passada, o banco central norte-americano manteve as taxas de juros inalteradas, mas indicou que um aumento ainda poderia acontecer em dezembro.

Ainda com relação ao banco central, nesta semana também haverá comentários de alguns membros do Fed, incluindo William Dudley, influente presidente do Fed de Nova York, Stanley Fischer, vice-presidente do Fed, Lael Brainard, dirigente do Fed, Neel Kashkari, presidente do Fed de Mineápolis, Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, e Patrick Harker, presidente do Fed de Filadélfia.

Com relação a dados, está prevista a divulgação dos números finais do PIB do segundo trimestre para quinta-feira, a de relatórios sobre renda pessoal e gastos pessoais para sexta-feira, estes incluindo os dados da inflação de despesas de consumo pessoal, a métrica preferida do Fed para inflação.

O calendário desta semana também trará dados sobre confiança do consumidor CB, vendas de imóveis novos, pedidos de bens duráveis e pedidos semanais de seguro-desemprego.

Investidores provavelmente também continuarão a acompanhar as mais recentes notícias de Washington a respeito da reforma tributária. A tensão em curso entre EUA e Coreia do Norte também estará em foco.

2. Draghi, presidente do BCE, fará comentários

Mario Draghi, presidente do BCE, deverá falar sobre desenvolvimentos econômicos e monetários perante o Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu em Bruxelas na próxima segunda-feira às 10h00 (horário de Brasília).

Na sexta-feira, Draghi deverá fazer um discurso sobre independência do banco central em uma conferência realizada em Londres pelo Banco da Inglaterra por volta das 11h15 (horário de Brasília).

No mês passado, Draghi indicou que o BCE poderia começar a reduzir seu imenso programa de estímulo já em outubro.

Além de Draghi, a zona do euro publicará números da inflação de setembro na próxima sexta-feira. Alemanha, França, Itália e Espanha divulgarão seus relatórios próprios de IPC ao longo da semana.

Além disso, os alemães deverão votar em uma eleição nacional no domingo, que provavelmente terá a chanceler Angela Merkel como vencedora pela quarta vez, um feito histórico, e um partido de extrema-direita entrará no parlamento pela primeira vez em mais de meio século.

3. Foco em Carney, do Banco da Inglaterra

Mark Carney, dirigente do Banco da Inglaterra, deverá realizar o discurso de abertura em conferência em Londres realizada pelo banco central do Reino Unido que comemora os seus 20 anos de sua independência na próxima quinta-feira às 05h15 (horário de Brasília). Ele também deverá realizar as declarações de encerramento por volta das 11h45 (horário de Brasília) da próxima sexta-feira.

No início desse mês, o BoE afirmou que provavelmente elevará os custos de crédito nos próximos meses se a economia e as pressões de preço continuarem a crescer, sinalizando o primeiro aumento de juros do Reino Unido em uma década.

Além do BoE, investidores também se concentrarão na leitura final do PIB do segundo trimestre, com divulgação marcada para sexta-feira, na busca de mais indicações sobre o efeito contínuo que a decisão do Brexit está tendo sobre a economia.

4. Poloz, do Banco do Canadá, na agenda

Stephen Poloz, dirigente do BoC, deverá realizar discurso sobre os desdobramentos recentes na economia canadense e as implicações para a política monetária em almoço do St. John’s Board of Trade em Newfoundland por volta das 12h45 (horário de Brasília) da próxima quarta-feira.

O banco central canadense surpreendeu muita gente com um aumento dos juros no início deste mês, o segundo neste ano, e deixou a porta aberta para mais aumentos em meio a um crescimento econômico forte.

De acordo com uma pesquisa recente entre dealers primários, o BoC provavelmente não fará mais aumentos de juros neste ano, embora seja previsto que o banco central esteja traçando uma trajetória mais endurecedora para 2018 do que foi esperado.

5. Discurso de Kuroda, do Banco do Japão

Haruhiko Kuroda, dirigente do Banco do Japão, deverá fazer um discurso em uma reunião com líderes empresariais em Osaka às 02h35 (horário de Brasília) desta segunda-feira. São esperadas questões do público presente.

Kuroda tem outro discurso marcado para as 03h35 (horário de Brasília) de quinta-feira, desta vez na Convenção do Setor Nacional de Valores Mobiliários em Tóquio.

O banco central japonês manteve a política monetária sem alterações na semana passada, já que um novo membro foi favorável à maior flexibilização econômica, afirmando que a política monetária atual não é suficiente para levar a inflação até a meta de 2% do banco central.

Fique por dentro de todos os eventos econômicos desta semana acessando: http://br.investing.com/economic-calendar/

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