Czar econômico da China convida chefe comercial da UE para resistir às tarifas dos EUA

Publicado 27.03.2025, 14:01
Atualizado 27.03.2025, 14:05
© Reuters. Vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, durante cerimônia em Pequimn11/01/2025nREUTERS/Florence Lo

Por Ryan Woo e Xiuhao Chen e Yukun Zhang

PEQUIM (Reuters) - A China está disposta a trabalhar com a União Europeia para resistir ao protecionismo, disse o czar da economia do país ao chefe comercial do bloco, em um convite para unir forças para combater as crescentes ameaças de tarifas comerciais dos Estados Unidos.

O país asiático também está disposto a trabalhar com a UE para proteger o sistema global de comércio multilateral, disse o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng a Maros Sefcovic, comissário europeu para o comércio, durante encontro em Pequim, informou a agência de notícias estatal Xinhua nesta quinta-feira.

Tanto a China quanto a UE viram suas relações com os EUA azedarem em razão das políticas tarifárias do presidente Donald Trump. Desde que assumiu o cargo, em janeiro, Trump impôs tarifas adicionais de 20% sobre todas as importações chinesas.

Na quarta-feira, Trump disse que vai impor novas tarifas sobre veículos importados, uma medida que prejudicará as montadoras europeias, especialmente as alemãs, que contam com os EUA para quase 25% de suas exportações de automóveis.

"Temos interesse mútuo em abordar nossas questões bilaterais e globais, bem como nossas diferenças", escreveu Sefcovic em uma postagem no X sobre seu encontro com He.

A UE deve salvaguardar seus interesses e fazer a "escolha racional" de se voltar ainda mais para a China, dada a incerteza gerada pela nova administração nos EUA, escreveu o jornal estatal chinês Global Times em um editorial publicado na noite de quarta-feira.

"À medida que a incerteza da política dos EUA aumenta, a China, como grande potência global, está se tornando cada vez mais proeminente por sua estabilidade e confiabilidade", escreveu o tabloide nacionalista.

Mas a UE também tem preocupações sobre seus laços econômicos com a China, seu segundo maior parceiro comercial, incluindo reclamações do bloco sobre falta de acesso recíproco a oportunidades de aquisição, barreiras de acesso ao mercado e questões relacionadas a transferências de dados transfronteiriças.

"Precisamos reequilibrar tangivelmente nossas relações comerciais e de investimento", disse Sefcovic em seu post no X.

O vice-primeiro-ministro chinês afirmou que a China está disposta a fortalecer o diálogo e lidar com diferenças econômicas e comerciais.

O relato chinês sobre a reunião não deu detalhes sobre quais medidas a China poderia tomar para diminuir essas diferenças.

(Reportagem de Ryan Woo, Xiuhao Chen e Yukun Zhang; reportagem adicional de Antoni Slodkowski)

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