O dólar americano permaneceu perto das mínimas de três semanas hoje, enquanto os participantes do mercado aguardavam a divulgação dos dados da folha de pagamento que poderiam influenciar as previsões das taxas de juros. Enquanto isso, a libra esterlina ficou estável, mostrando resiliência, já que o Partido Trabalhista parecia pronto para garantir uma maioria substancial nas eleições gerais do Reino Unido.
A libra foi negociada a US$ 1,27575, praticamente inalterada no início do pregão e não muito longe do pico de três semanas de US$ 1,27765 atingido na quarta-feira. A moeda subiu 0,9% na semana, marcando seu maior avanço semanal desde meados de maio. Em relação ao dólar, a libra teve o melhor desempenho entre as principais moedas este ano, valorizando 1,2%.
Espera-se que o Partido Trabalhista ganhe 410 dos 650 assentos no parlamento do Reino Unido, o que lhes daria uma maioria de 170 assentos. Essa vitória antecipada é vista como uma fonte de estabilidade após a prolongada volatilidade do mercado durante o mandato do Partido Conservador. Orla Garvey, gerente sênior de portfólio de renda fixa da Federated Hermes (NYSE:FHI), sugeriu que mudanças políticas dramáticas imediatas são improváveis sob o novo governo, empurrando os riscos associados à eleição mais adiante.
O euro permaneceu bastante estável em US$ 1,0816, com os traders adiando movimentos significativos antes do próximo segundo turno da França no domingo. O Rally Nacional de extrema-direita deve ficar aquém da maioria, o que ajudou o euro a ganhar quase 1% esta semana, potencialmente seu desempenho semanal mais forte do ano. Apesar das preocupações sobre uma possível maioria para a flexibilização da União Nacional, espera-se um parlamento dividido na França, o que pode diminuir o sentimento.
A atenção nos EUA está focada nos dados da folha de pagamento não agrícola, que devem ser divulgados ainda hoje. Os economistas preveem que o relatório mostrará um aumento de 190.000 empregos em junho, abaixo do aumento de 272.000 em maio.
Dados recentes indicando uma desaceleração da economia dos EUA alimentaram especulações sobre os próximos cortes nas taxas do Federal Reserve. A precificação de mercado sugere uma probabilidade de 73% de uma redução da taxa em setembro, com potencial para dois cortes este ano, apesar da previsão do Fed de apenas um corte para 2024.
O índice do dólar, uma medida da moeda dos EUA em relação a outras seis, caiu 0,1%, para 105,05, aproximando-se de sua mínima de meados de junho. O iene japonês teve um aumento de 0,16%, marcando seu segundo dia consecutivo de ganhos, o que não ocorria desde o início de junho. O iene foi negociado a US$ 161,095 por dólar, recuperando-se de uma baixa de 38 anos de 161,96 atingida na quarta-feira.
A cautela do mercado persiste devido à possibilidade de as autoridades japonesas intervirem para apoiar o iene, que se desvalorizou mais de 12% em relação ao dólar este ano. No final de abril e início de maio, Tóquio gastou aproximadamente 9,8 trilhões de ienes em intervenções no mercado de câmbio, já que o iene atingiu uma baixa de 34 anos de 160,245 por dólar. Analistas acreditam que as autoridades monitorarão a taxa de enfraquecimento do iene, e não apenas seus níveis.
Em outros movimentos cambiais, o dólar australiano subiu 0,16%, para US$ 0,6736, perto de uma alta de seis meses, enquanto o dólar neozelandês estava em US$ 0,6121. O Bitcoin caiu 2%, para US$ 57.088, aproximando-se da mínima de dois meses que experimentou na quinta-feira.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.