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FRANKFURT (Reuters) - As famílias da zona do euro aumentaram ainda mais suas poupanças no segundo trimestre, contrariando as expectativas de que as taxas historicamente altas seriam revertidas e levariam o consumo privado a sustentar o crescimento quando as exportações enfrentam dificuldades, mostraram dados da Eurostat.
A taxa de poupança das famílias aumentou para 15,4% no segundo trimestre, de 15,2% três meses antes, informou a Eurostat nesta terça-feira, e está bem acima da faixa de 12% a 13% registrada nos anos pré-pandemia.
A taxa de investimento das famílias, no entanto, parou de cair e ficou em 9% no ano passado, mostraram os dados.
As famílias têm poupado mais de sua renda, reconstruindo a riqueza perdida com o aumento da inflação pós-pandemia e criando proteções devido ao fluxo persistente de notícias negativas, desde tarifas até a fraca competitividade e o crescimento morno.
No entanto, os economistas há muito previam uma reversão, uma vez que os salários reais já se recuperaram em grande parte após o aumento da inflação e o desemprego está próximo dos níveis mais baixos de todos os tempos. O BCE previu uma queda para 14,7% este ano e novos recuos nos próximos anos.
O aumento da taxa de poupança contrasta com os EUA, onde ela vem caindo durante a maior parte do ano e ficou abaixo de 5% em agosto.
Como é provável que as exportações líquidas sofram no segundo semestre, os economistas apostam em gastos familiares mais dinâmicos para sustentar o crescimento, mas o comércio varejista de agosto cresceu apenas 1,0% em comparação com o ano anterior, sugerindo que as famílias continuam cautelosas.
(Reportagem de Balazs Koranyi)