Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 30 de dezembro, sobre os mercados financeiros:
1. Dow se prepara para última tentativa de atingir os 20.000 pontos
O Dow futuro, índice que engloba as principais empresas do mercado, sinalizou abertura em alta nesta sexta-feira, último dia de negociações de 2016, sugerindo uma chance de o índice realizar uma tentativa final de atingir os 20.000 pontos.
No entanto, a alta não aconteceu e as expectativas de pouco movimento no mercado neste período de feriados fizeram com que os analistas se mantivessem céticos em relação à capacidade de o índice atingir o marco psicológico.
Muitos investidores já encerraram as atividades no ano e o volume das negociações deve ser pequeno nesta sexta, já que não há divulgações de dados econômicos importantes marcadas no calendário e todos estão se preparando para o longo final de semana, com Wall Street não abrindo nesta segunda-feira.
De qualquer forma, o maior efeito de se alcançar o marco de 20.000 seria psicológico, por conta dos três zeros. Por definição, a principal resistência técnica foi a máxima de todos os tempos de 19.987,63 pontos, atingida no dia 20 de dezembro.
Ainda assim, os mercados americanos registrarão desempenho anual impressionante, com o Dow apresentando ganhos de 14%, o S&P avançando quase 10% e o Nasdaq Composite subindo quase 9% no ano.
2. Bolsas chinesas marcam pior desempenho dos últimos 5 anos
Diferente dos mercados americanos, as bolsas da China encerraram 2016 com seu pior desempenho nos últimos 5 anos.
O Shanghai Composite finalizou o ano mais cedo nesta sexta-feira, com uma perda anual de 12,3%, frente aos ganhos de 9,4% em 2015, registrando o pior número desde 2011.
As ações chinesas passaram a maior parte de 2016 se recuperando de quedas bruscas em janeiro, causadas em parte por temores de um "pouso forçado" da economia.
Ainda assim, os mercados da segunda maior economia do mundo recuperaram 17% do seu valor após a mínima de fevereiro, aumentando as esperanças de que a pior parte já houvesse passado.
3. Petróleo deve registrar maior valorização anual dos últimos 7 anos
Os preços do petróleo devem registrar o maior ganho percentual desde 2009, graças ao acordo firmado entre a Opep e outros países não membros para reduzir a produção a partir de 1º de janeiro.
Os contratos futuros do Brent registraram alta de 53% no ano e os do WTI avançaram 46%. A valorização de 2016 foi a maior do mercado de petróleo desde o rali de 2009, quando o Brent e o WTI subiram, respectivamente, 78% e 71%.
O petróleo bruto apresentou elevação nesta sexta, em uma tentativa de compensar as quedas da sessão de ontem após o surpreendente acréscimo dos estoques dos EUA.
Enquanto isso, os investidores aguardam os dados da Baker Hughes sobre número de plataformas ativas, que devem ser divulgados no fim da sessão.
A prestadora de serviços para a área do petróleo afirmou, na última sexta, que o número de plataformas de petróleo ativas nos EUA na semana anterior subiu para 523, apresentando aumento de 13, a oitava elevação semanal seguida, atingindo nível inédito em quase um ano.
Alguns analistas reiteraram que o recente rali nos preços pode "sair pela culatra", já que incentiva os produtores de xisto dos EUA a elevar a produção, gerando novamente preocupações com um excesso de oferta.
O petróleo bruto futuro americano operou em alta de 0,28%, a US$ 53,92, às 8h45, horário de Brasília, enquanto que o petróleo Brent avançou 0,18%, negociado a US$ 56,95.
4. Mercados continuam duvidando das previsões do Fed de 3 aumentos dos juros em 2017
Apesar do fato de o Federal Reserve (Fed) ter previsto três apertos na política monetária para o ano que vem em sua reunião de dezembro, os mercados se mantiveram céticos, apostando em apenas duas elevações para 2017.
De acordo com o Monitor das taxas de juros do Fed da Investing.com, é muito improvável que ocorra um aumento das taxas de juros após a primeira reunião do Fed, em fevereiro. A probabilidade de aumento das taxas nesta data, segundo os mercados, é de apenas 4,1%.
Já as chances de elevação na reunião de junho ultrapassam a marca de 50%, com os fundos futuros federais marcando uma probabilidade de 64,6% de aumento de 25 pontos-base.
E em novembro, após o primeiro aumento, há uma probabilidade de 50,4% de ocorrência de uma segunda elevação.
Os mercados determinaram uma probabilidade de três aumentos das taxas em 2017 de apenas 35,1%.
5. Ouro alcança máxima de 3 semanas graças ao dólar mais fraco
Os preços do ouro atingiram a máxima de três semanas em meio ao baixo volume do pregão desta sexta-feira, com o dólar americano ainda recuando frente aos principais rivais e aumentando a atratividade do metal amarelo.
O ouro para entrega em fevereiro na divisão de comércio exterior da Bolsa de Valores de Nova Iorque atingiu a máxima da sessão, marcando US$ 1.164,25 a onça troy, nível inédito desde 9 de dezembro.
A commodity estava cotada a US$ 1.160,95 às 8h46 (horário de Brasília), o que representa alta de US$ 2,85, ou cerca de 0,25%, acumulando ganhos com a alta de US$ 17,00, ou 1,49%, registrada na quinta-feira. Os preços do metal amarelo afundaram para a mínima de 11 meses de US$ 1.124,30 no início de dezembro.
O ouro recuperou quase 3% das perdas e registra valorização anual de mais de 9%.