Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 10 de janeiro, sobre os mercados financeiros:
1. Alertas de mercado em baixa para títulos
Bill Gross, guru dos títulos, alertou após o fechamento do mercado na terça-feira que o mercado em baixa de títulos foi confirmado uma vez que as linhas de tendências de longo prazo de 25 anos se quebraram tanto nos títulos do Tesouro com vencimento em 5 anos quanto nos que possuem vencimento em 10 anos.
A redução das compras de títulos do Banco do Japão causou uma onda nos mercados de dívidas soberanas uma vez que investidores começaram a se preocupar com o fato de que bancos centrais estariam em uma trajetória de reduzir suas compras, o que sugere um declínio iminente nos preços. Rendimentos de títulos se movem de forma inversa a seus preços.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos atingiram a máxima intradia de 2,593% no início do pregão de quarta-feira.
Antes do leilão de US$ 20 bilhões em dívidas com vencimento em 10 anos dos EUA em uma reabertura ainda nesta quarta-feira, o rendimento dos títulos de 10 anos recuaram de suas máximas intradiárias, mas permaneciam estáveis em 2,586% às 09h03.
2. Rali de bolsas globais faz uma pausa
Após outro fechamento em alta em Wall Street no dia anterior, com o S&P 500 marcando seu melhor início de ano desde 1987, o mercado futuro dos EUA finalmente apontava para uma pausa no rali enquanto participantes do mercado aguardavam o início extraoficial da temporada de balanços corporativos com relatórios de Wells Fargo (NYSE:WFC) e JPMorgan (NYSE:JPM) na sexta-feira. Às 09h03, o blue chip futuros do Dow caía 119 pontos, ou 0,47%, os futuros do S&P 500 recuavam 12 pontos, ou 0,43%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 38 pontos ou 0,57%.
Do outro lado do Atlântico, mercados de capitais europeus também demostravam cautela pois a temporada de resultados do Velho Mundo começava e o cansaço dos compradores parecia atingir o chão das bolsas. Às 09h05, a referência Euro Stoxx 50 registrava redução de 0,56%, enquanto o DAX da Alemanha caía 0,79% e o FTSE 100 de Londres negociava em baixa de 0,10%.
Mais cedo, bolsas asiáticas hesitaram em testar seu pico recorde de 2007, já que investidores colhiam lucros de ações do setor de tecnologia.
3. Petróleo atinge máxima de três anos antes de dados dos estoques norte-americanos
Preços do petróleo saltavam à máxima de três anos nesta quarta-feira, já que a fé na capacidade da Opep reduzir a produção e sinais de uma demanda global saudável davam apoio ao sentimento otimista em relação ao ouro negro.
Entretanto, observadores irão continuar a ficar de olho na produção de shale oil dos EUA em meio a preocupações de que o aumento na produção do país possa afetar os esforços da Opep para reequilibrar os mercados globais.
O que também dava sustentação aos preços do petróleo nesta quarta-feira era o fato de que o Instituto Americano de Petróleo ter afirmado, no final da terça-feira, que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 11,2 milhões de barris na semana encerrada em 5 de janeiro, o que se compara a expectativas de redução de 3,9 milhões de barris.
Participantes do mercado aguardavam os dados semanais dos estoques norte-americanos da Administração de Informação de Energia dos EUA, previstos ainda para esta quarta-feira com expectativas de redução de 3,9 milhões de barris.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA subiam 0,71%, atingindo US$ 63,41 às 09h05 em horário local, enquanto o petróleo Brent avançava 0,38% para US$ 69,09, A referência norte-americana se descolava da máxima intradiária de US$ 63,56, valor visto pela última vez em dezembro de 2014.
4. Dólar atinge mínima de seis semanas frente ao iene devido a temores com Banco do Japão
O dólar ampliava as perdas frente ao iene nesta quarta-feira após o Banco do Japão reduzir o tamanho de suas compras de títulos na sessão anterior, o que gerou especulações de que a instituição poderia começar a reduzir seu estímulo monetário ainda neste ano.
Embora a maioria dos economistas espere que o Banco do Japão mantenha suas taxas de juros de curto prazo e o alvo dos rendimentos dos títulos com vencimento em 10 anos inalterados até, pelo menos, o segundo semestre de 2019, e a maioria dos especialistas acredita que o banco central japonês não começará a reduzir seu estímulo até o final de 2018 ou depois disso, a indicação de remoção da política acomodatícia fez o iene subir.
Às 09h06, o par USD/JPY recuava 1,13% para 111,38, menor nível desde 28 de novembro.
5. Reino Unido aumenta esforços para garantir acordo do Brexit sobre serviços financeiros
Philip Hammond, ministro das finanças do Reino Unido, e David Davis, secretário do Brexit, estavam nesta quarta-feira na Alemanha com expectativas de convencer os líderes empresariais do país a pressionar os representantes da União Europeia a estabelecerem um acordo para garantir o futuro dos serviços financeiros da Grã-Bretanha.
Os políticos britânicos alertaram que uma abordagem de integração nos serviços bancários seria vital assim que o Reino Unido deixar o bloco econômico, sugerindo que a ausência de acordo deixaria a Europa aberta a uma repetição da crise financeira da zona do euro.
Em um artigo conjunto publicado em um jornal alemão, Hammond e Davis defenderam que "a crise financeira global de 2008 provou o quanto são fundamentais os serviços financeiros para a economia real e quão facilmente o contágio pode se espalhar de uma economia para outras sem a existência de salvaguardas globais e regionais".
Eles expressaram sua visão de que o Reino Unido "apoia a colaboração com o setor bancário europeu em vez de forçá-lo a se fragmentar".