Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 31 de janeiro, sobre os mercados financeiros:
1. Decisão do Fed em pauta; última com Yellen como presidente
O Federal Reserve não deve realizar qualquer ação sobre as taxas de juros na conclusão de sua reunião de política monetária de dois dias às 17h00 da próxima quarta-feira, mantendo-as na faixa de 1,25% a 1,50%.
O banco central divulgará sua declaração após a reunião e os investidores buscarão qualquer mudança na linguagem que possa apontar mais claramente para um aumento da taxa de juros nos próximos meses.
A reunião desta semana será a última sob a liderança de Janet Yellen antes que ela seja substituída por Jerome Powell, diretor do Fed.
A maioria dos economistas acredita que o Fed irá elevar as taxas de juros em março, com outro aumento em junho e um terceiro movimento em dezembro.
O dólar passava por nova pressão de vendas nesta quarta-feira, caindo frente a uma cesta de outras importantes moedas antes da decisão e também antes de novos dados econômicos.
Será dada atenção especial ao relatório de empregos não agrícolas da ADP às 11h30, já que é um precursor ao relatório do governo de folhas de pagamento não agrícolas que será divulgado na sexta-feira.
Participantes do mercado também estarão atentos ao índice da atividade dos gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) de Chicago às 12h45 e também à divulgação, 15 minutos depois, das vendas pendentes de imóveis no último mês de 2017.
2. Trump leva infraestrutura de volta ao radar
O presidente Donald Trump convocou o Congresso norte-americano na terça-feira para aprovar a legislação que geraria estímulo de pelo menos US$ 1,5 trilhão em novos gastos de infraestrutura, embora ele tenha dado poucos detalhes sobre o tão aguardado planos de gastos.
Em seu discurso sobre o Estado da União perante o Congresso, Trump afirmou que era a hora de tratar da "infraestrutura desagregada".
O presidente parecia preocupado com o aumento do déficit federal, que o Comitê de Orçamento Federal Responsável calcula que irá passar de US$ 1 trilhão no ano que vem.
"Cada dólar federal deverá ser alavancado por parcerias com governos estaduais e locais e, caso apropriado, aproveitar o investimento do setor privado", afirmou ele.
3. Temporada de resultados continua com força total
A temporada de resultados irá continuar com força total nesta quarta-feira, com empresas apresentando fortes números. Até a noite de terça-feira, 169 empresas constituintes do S&P 500 já tinham divulgado seus resultados, com 82% delas superando estimativas de lucros e 85% superando estimativas de vendas.
A Electronic Arts (NASDAQ:EA) registrava ganhos de quase 7% antes do pregão desta quarta-feira após a empresa de videogames apresentar diretriz futura melhor do que o esperado após o fechamento da sessão anterior.
Ações da Advanced Micro Devices (NASDAQ:AMD) subiam mais de 2% antes do pregão após a empresa superar projeções tanto de receitas quanto de lucros.
Entre as empresas a serem observadas nesta quarta-feira, Boeing (NYSE:BA), DR Horton (NYSE:DHI) e Eli Lilly irão divulgar seus resultados antes da abertura e Microsoft (NASDAQ:MSFT), Facebook (NASDAQ:FB), PayPal e eBay apresentarão seus balanços após o mercado fechar.
4. Petróleo em direção de 6% de ganhos no mês antes dos estoques
A cotação do petróleo caía nesta quarta-feira, estendendo a queda pelo terceiro dia, embora a referência norte-americana ainda estivesse no caminho de ganhos em torno de 6%.
A especulação de que os dados semanais previstos ainda para este dia irão mostrar um aumento nos estoques de petróleo e combustível colocava pressão sobre os preços do petróleo nesta quarta-feira.
Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques de petróleo dos EUA tiveram aumento de quase 3,2 milhões de barris na semana passada, o que se compara às expectativas dos analistas de um aumento mais modesto, em torno de 0,1 milhão de barris.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial de oferta de petróleo referente à semana encerrada em 26 de janeiro às 13h30 desta quarta-feira.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,60%, para US$ 64,11 às 08h58, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,63%, com o barril negociado a US$ 68,09.
5. Bitcoin no caminho do maior declínio mensal em quatro anos em meio a queda geral de criptomoedas
Todas as mais importantes criptomoedas negociavam em baixa de forma geral nesta quarta-feira, último dia de negociações do mês, ao passo que a maior em termos de capitalização de mercado, o bitcoin, estava no caminho de seu maior declínio em um mês desde dezembro de 2013 em meio a temores em relação a maior controle regulatório.
O bitcoin recuava 6,3% para US$ 10.199,00 às 08h58 na corretora Bitfinex. A cotação da moeda digital estava em torno de 25% mais baixa até o momento neste mês, pior desempenho mensal desde dezembro de 2013.
O ethereum, segunda maior criptomoeda em termos de capitalização de mercado, recuava 5,3% para US$ 1.101 na corretora Bitfinex, ao passo que o token XRP da Ripple tinha queda de 7,8% e era negociado a US$ 1,1231 na corretora Poloniex.
Os preços do bitcoin estavam sob nova pressão de vendas nesta quarta-feira após informações de que a Comissão de negociação de Futuros de Commodities dos EUA intimou a corretora de criptomoedas Bitfinex e a Tether em 6 de dezembro.
A Tether é uma empresa que emite uma moeda amplamente negociada e afirma que esta moeda é lastreada em dólares norte-americanos mantidos em reserva, mas nunca forneceu evidências para confirmar essa alegação.