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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira

Publicado 05.04.2018, 06:54
© Reuters.  5 fatos principais do mercado nesta quinta-feira
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Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 5 de abril, sobre os mercados financeiros:

1. Bolsas se recuperam devido a expectativas de concessões no comércio mundial

Após as bolsas norte-americanas terem encerrado a sessão anterior com uma forte alta, bolsas globais pareciam aceitar a narrativa de que os EUA e a China seriam capazes de evitar uma guerra comercial plena. Larry Kudlow, principal assessor econômico de Donald Trump, presidente norte-americano, minimizou a ideia de que as duas maiores economias do mundo iriam elevar mais o tom e insistiu que os dois lados trabalhariam em negociações e haveria tempo para evitar a implementação das tarifas anunciadas recentemente.

"Não há guerra comercial aqui", insistiu Kudlow, acrescentando que Trump estaria determinado a resolver o problema com o mínimo de dor possível.

A reviravolta de Wall Street na quarta-feira parecia despertar alívio em outras bolsas globais que passaram recentemente por extrema volatilidade com altos e baixos dependendo das interpretações da situação. Bolsas asiáticas se recuperaram da mínima de dois meses nesta quinta-feira, recuperando-se de uma operação de vendas desencadeada pelas tensões entre China e EUA.

A narrativa de negociação também foi responsável pelo rali de alívio na Europa, com bolsas de valores em Londres, Frankfurt, Paris, Madri e Milão com ganhos de mais de 1% na quinta-feira.

O mercado futuro dos EUA apontava para uma continuação do movimento ascendente nesta quinta-feira. Às 06h51, o blue chip futuros do Dow ganhava 41 pontos, ou 0,17%, os futuros do S&P 500 subiam 9 pontos, ou 0,33%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 33 pontos ou 0,49%.

2. Dólar sobe com menores temores de guerra comercial

O dólar subia frente a outras importantes rivais nesta quinta-feira em meio a expectativas de que EUA e China irão chegar a um acordo para superarem as crescentes tensões comerciais.

Às 06h52, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,09% para 89,86.

Além dos comentários de Kudlow de que a China e os EUA trabalhariam em negociações, houve relatos de "progresso" em conversas trilaterais sobre o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA, na sigla em inglês) com alguns sugerindo que Trump poderia flexibilizar sua posição em alguns dos pontos.

Com as tensões comerciais aparentemente esfriando, operadores cambiais irão voltar suas atenções à divulgação dos pedidos semanais de seguro-desemprego às 09h30 desta quinta-feira. A divulgação será feita antes do amplamente aguardado relatório mensal de empregos na sexta-feira.

3. Yellen, ex-presidente do Fed, sugere 3 a 4 aumentos de juros antes de aparição de Powell

Janet Yellen, ex-presidente do Fed, afirmou que ela acredita ser possível que haja de três a quatro aumentos de juros neste ano.

De acordo com notícia divulgada pela Reuters durante a noite, a ex-dirigente do banco central norte-americano fez uma participação paga para discutir a economia e as taxas de juros em um evento realizado pelo banco Jefferies que incluiu um jantar para quarenta pessoas.

Yellen também teria comentado que os cortes recentes dos impostos nos EUA poderiam impulsionar os gastos do governo e representam pelo menos algum risco à economia aquecida.

Essa informação surge antes da aparição de seu substituto; Jerome Powell, atual presidente do Fed, deverá falar sobre perspectiva econômica no Economic Club of Chicago às 14h30 desta sexta-feira.

No mês passado, o Fed elevou as taxas de juros e manteve sua projeção de mais dois aumentos neste ano, o que significa um total de três aumentos em 2018. Mercados precificam atualmente em pouco mais de 30% a possibilidade de quatro aumentos neste ano, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.

4. Facebook se recupera após Zuckerberg chamar repórteres

Ações do Facebook (NASDAQ:FB) tinham ganhos em torno de 2% antes do pregão desta quinta-feira após Mark Zuckerberg, diretor-geral do Facebook, ter realizado uma teleconferência com repórteres antes do fechamento da sessão anterior.

Zuckerberg admitiu que as informações pessoais de até 87 milhões de usuários, a maioria deles nos Estados Unidos, podem ter sido indevidamente compartilhadas com a consultoria política Cambridge Analytica, número maior do que os 50 milhões estimados anteriormente pela imprensa. Ações da empresa de redes sociais caíram mais de 16 por cento desde o surgimento do escândalo da Cambridge Analytica.

"Temos que analisar cada parte de nossa relação com as pessoas e garantir que estamos tendo uma visão ampla o suficiente de nossas responsabilidades", afirmou Zuckerberg na teleconferência, referindo-se à intenção do Facebook de responder as questões recentes de privacidade dos usuários.

Particularmente, Zuckerberg afirmou que não houve "impacto significativo" para anunciantes ou usuários a partir do florescente movimento "Delete Facebook" que varreu o mundo solicitando que usuários cancelassem suas contas.

Zuckerberg irá depor na semana que vem perante a comissões do Congresso dos EUA sobre a utilização indevida de dados dos clientes por uma firma de consultoria política para interferir nas eleições presidenciais dos EUA. Ele comparecerá perante uma audiência conjunta das comissões de comércio e de justiça do Senado dos EUA em 10 de abril e da comissão de comércio e energia da Câmara dos EUA em 11 de abril.

5. Petróleo busca direção

A cotação do petróleo reduzia os banhos ocorridos durante a noite no início do pregão desta quinta-feira, já que investidores tinham dificuldades para assumir posições em relação à commodity.

Dados oficiais norte-americanos divulgados no dia anterior mostraram que uma redução inesperada nos estoques do país não foi capaz de fazer os preços da commodity subir logo após a divulgação do relatório.

Investidores tinham dificuldades para decidir entre posições de alta e de baixa uma vez que eles pesam um aumento na produção de shale oil dos EUA frente à possibilidade de uma extensão do pacto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e da Rússia para reduzir a produção e acabar com o excesso mundial de oferta.

Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA subiam 0,03%, atingindo US$ 63,39 às 06h53, enquanto o petróleo Brent tinha alta de 0,12%, com o barril negociado a US$ 68,10.

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