Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 1º de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Relatório de empregos em pauta
Investidores irão acompanhar de perto o relatório de empregos de maio, a ser divulgado às 09h30 desta sexta-feira, na busca de quaisquer indicações sobre a futura política monetária uma vez que emprego pleno sustentável é um dos principais objetivos do Federal Reserve.
Espera-se que o relatório de folhas de pagamento não agrícolas mostre que 189.000 empregos foram criados em maio, ao passo que os economistas preveem que a taxa de desemprego deverá permanecer estável em 3,9%.
Com o desemprego em seu menor nível em 17 anos, o foco principal estará sobre os ganhos médios por hora, já que o Fed está de olho na inflação dos salários. Em uma base anualizada, espera-se que o aumento nos ganhos médios por hora tenha sido de 2,7% em maio, a partir dos 2,6% anteriores.
Neel Kashkari, presidente do Fed de Mineápolis, será o primeiro decisor do Fed a falar após a divulgação dos dados, já que ele possui uma aparição pública marcada para as 09h55.
Também no calendário econômico desta sexta-feira, o índice da atividade dos gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) do ISM relativo a maio possui divulgação marcada para as 11h00.
2. Tensões comerciais permanecem em primeiro plano
O Canadá e o México retaliaram a decisão dos Estado Unidos na quinta-feira de impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio e a União Europeia tinha suas próprias represálias prontas, o que reacende temores dos investidores de uma guerra comercial global.
O Canadá, maior fornecedor de aço dos Estados Unidos, vai impor tarifas cobrindo 16,6 bilhões de dólares canadenses (US$ 12,8 bilhões) sobre as importações dos EUA, incluindo uísque, suco de laranja, aço, alumínio e outros produtos, disse Chrystia Freeland, ministra das relações exteriores do país.
"O governo norte-americano tomou hoje uma decisão que nós lamentamos e que obviamente irá levar a medidas de retaliação, como é preciso", disse o Justin Trudeau, primeiro-ministro canadense, em entrevista coletiva com Freeland.
O México anunciou o que descreveu como medidas "equivalentes" sobre uma ampla gama de produtos agrícolas e industriais dos EUA.
A União Europeia ameaçou impor tarifas sobre motocicletas da Harley Davidson (NYSE:HOG) e whisky bourbon, medidas dirigidas para as bases políticas dos legisladores republicanos nos EUA. Os integrantes da União Europeia deram amplo apoio ao plano da Comissão Europeia de estabelecer impostos sobre 2,8 bilhões de euros (US$ 3,4 bilhões) das exportações dos Estados Unidos se Washington acabar com as isenções tarifárias. As exportações do bloco potencialmente sujeitas a impostos nos EUA equivalem a 6,4 bilhões de euros (US$ 7,5 bilhões).
3. Alívio em tensões políticas europeias
Na noite de quinta-feira, os líderes dos partidos antissistema da Itália reviveram os planos da coalizão, aparentemente acabando com três meses de turbulência política.
Os partidos populistas Cinco Estrelas e Liga formaram um governo e receberam a aprovação do presidente.
Enquanto isso, na Espanha, o primeiro-ministro Mariano Rajoy teve derrota nesta sexta-feira em uma votação de uma moção de desconfiança, com 180 representantes votando a favor de forçá-lo a sair do governo, 169 votando contra a medida e uma abstenção.
No entanto, Pedro Sánchez, líder do partido socialista da oposição, tomou o poder e prometeu dar continuidade ao orçamento recente, sugerindo que a quarta economia da zona do euro permanecerá em seu curso.
4. Bolsas globais em diferentes direções devido a tensões comerciais e políticas
Bolsas globais negociavam em diferentes direções nesta sexta-feira, já que investidores ponderavam o equilíbrio entre as tarifas de importação e o alívio das incertezas políticas na Europa.
Bolsas asiáticas acompanharam a queda em Wall Street, já que aliados dos EUA contra-atacaram as tarifas de Trump e investidores se preocupavam com as fábricas e as exportações da região.
Os mercados acionários europeus, no entanto, estavam majoritariamente em alta, com bolsas na Itália liderando os ganhos, já que a incerteza política na Itália e na Espanha diminuía.
O mercado futuro dos EUA também apontava para uma abertura em alta em Wall Street enquanto os investidores aguardavam os dados de emprego. Às 07h02, o blue chip futuros do Dow ganhava 126 pontos, ou 0,52%, os futuros do S&P 500 subiam 13 pontos, ou 0,49%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 24 pontos ou 0,34%.
5. Atividade de extração nos EUA em observação na busca de mais sinais de aumento da produção
As preocupações com o aumento produção de petróleo continuam a estar em primeiro plano nesta sexta-feira após a Administração de Informações de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) ter afirmado um dia antes que a produção do país teve aumento de 215.000 barris por dia e chegou a 10,47 milhões de barris diários. em março, um novo recorde mensal.
A apresentação semanal da atividade de extração da Baker Hughes irá fornecer aos investidores uma nova visão sobre a produção e demanda de petróleo dos EUA.
Os dados da semana passada mostraram que o número de sondas de petróleo dos EUA em atividade retomou sua escalada, elevando a perspectiva de uma expansão contínua na produção do país.
Os contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,30%, atingindo US$ 66,84 às 07h04, enquanto o petróleo Brent tinha alta de 0,06%, com o barril negociado a US$ 77,61.