Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 2 de janeiro, sobre os mercados financeiros:
1. Dólar inicia 2018 de forma conturbada
Nos mercados cambiais, o dólar permanecia em desvantagem ao já ter caído à mínima de três meses frente a uma cesta de outras importantes moedas na última sexta-feira.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, tinha queda de 0,54% e chegava a 91,49, seu nível mais fraco desde 20 de setembro.
O índice encerrou 2017 em baixa de 9,8%, o maior percentual anual de declínio desde 2003.
O dólar perdeu força em 2017 com a economia global ganhando força ao alimentar expectativas de política monetária mais dura em outros países, o que reduziria a divergência entre o Federal Reserve e outros bancos centrais.
Observadores do mercado aguardavam a divulgação das atas da reunião de dezembro do Fed, a serem divulgadas na quarta-feira; as taxas de juros foram elevadas nesta reunião. Dois decisores votaram contra o movimento devido a dúvidas de que a inflação possa acelerar conforme esperado.
O euro atingia a máxima de três meses, com o par EUR/USD cotado a 1,2070 após uma leitura recorde da atividade manufatureira da zona do euro em dezembro ter impulsionado a moeda única.
2. Mercados europeus hesitantes no início de 2018
As bolsas europeias começaram 2018 no vermelho em seu primeiro dia de negociações do ano com ações do setor automobilístico em baixa e ações de metais e de mineração revertendo após uma forte corrida na semana passada com ganhos de bancos e companhias petrolíferas não sendo suficientes para interromper os declínios.
Bolsas europeias não conseguiam capitalizar uma sessão positiva na Ásia. Bolsas chinesas lideraram os ganhos durante a noite com ações do setor imobiliário subindo após uma leitura surpreendentemente forte do índice Caixin da atividade manufatureira no país.
Enquanto isso, mercados em Tóquio estarão fechados até quinta-feira devido a feriados no Japão.
Em Wall Street, o mercado futuro dos EUA apontava para pequenos ganhos na abertura, com os futuros do Dow, futuros do S&P 500 e os futuros do Nasdaq 100 futures obtendo pequenos avanços.
3. Petróleo estável após segundo aumento anual
Preços do petróleo permaneciam estáveis nesta terça-feira após registrarem o segundo aumento anual em meio a sinais de que a sobreoferta nos estoques globais está diminuindo.
O petróleo dos EUA recuava 0,13% para US$ 60,34 o barril, enquanto o petróleo Brent estava cotado a US$ 66,78, queda de US$ 0,09 ou 0,15% a partir de seu último fechamento.
Os preços registravam sua mais forte abertura de ano desde 2014 no início desta terça-feira. A continuação dos cortes no abastecimento feitos pela Opep e pela Rússia, juntamente com protestos contra o governo do Irã, levavam o petróleo ao nível mais alto desde meados de 2015.
4. Bitcoin tem um início ruim de ano
Pela primeira vez desde 2015, o bitcoin começou o ano caindo, ampliando seu declínio a partir da máxima recorde atingida em 18 de dezembro.
A moeda digital subiu cerca de vinte vezes desde o início de 2017, saindo de menos de US$ 1.000 para US$ 19.891 em 17 de dezembro na Bitfinex e para mais de US$ 20.000 em outras corretoras.
No entanto, tem registrado fortes quedas desde então, chegando a US$ 10.718 em 22 de dezembro.
O bitcoin era negociado a US$ 13.536,00 na corretora Bitfinex após ter chegado, mais cedo, à mínima de US$ 12.810.
Enquanto investidores em bitcoin acreditam que a queda seja uma correção natural após um aumento impressionante, há alertas de uma bolha do ativo de reguladores do mercado e de bancos centrais.
5. Dados de PMI indicam final de ano forte em 2017
O setor manufatureiro da zona do euro encerrou 2017 com aumento da atividade em sua taxa mais acelerada em mais de duas décadas, de acordo com dados divulgados nesta terça, e o aumento na demanda indicava que iniciará o ano em alta.
A leitura final do índice de atividade dos gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro da zona do euro saltou de 60,1 em novembro para 60,6 em dezembro, seu nível mais alto desde que o estudo começou a ser feito em meados de 1997.
Outro relatório mostrou que o índice Caixin do setor manufatureiro da China subiu à máxima de quatro anos de 51,5 em dezembro, diferente das expectativas de declínio.
No Reino Unido, dados mostraram que o setor manufatureiro cresceu de forma forte no final do ano passado, embora em um ritmo um pouco mais lento do que anteriormente.
O PMI industrial do Reino Unido caiu de 58,2 em novembro, máxima de 51 meses, para 56,3 em dezembro. Produção, novas encomendas e os empregos subiram em taxas sólidas, afirmou o relatório.