Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 14 de março, sobre os mercados financeiros:
1. Dólar se sustenta com início da reunião de 2 dias do Fed
O Federal Reserve inicia sua reunião de política monetária que dura dois dias nesta terça-feira, na qual se espera amplamente o aumento da taxa-alvo dos fundos federais em 0,25 pp para uma faixa entre 0,75% a 1%.
O banco central norte-americano também divulgará suas mais recentes projeções de crescimento econômico e taxa de juros, conhecidas como “dot-plot”.
A entrevista coletiva de Janet Yellen, presidente do Fed, será atentamente observada para se encontrar indícios do ritmo de futuras elevações da taxa de juros. Dirigentes do Fed fizeram projeções prévias de três aumentos dos juros em 2017, mas podem ser alteradas para quatro, em meio a sinais de alta na inflação e força persistente do mercado de trabalho.
O U.S. índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, teve alta de 0,2% chegando a 101,46 às 6h58 em horário de Brasília.
O título de referência EUA a 10 anos se manteve pouco alterado em 2,619%, após ter atingido 2,628% durante a noite, seu nível mais alto desde a metade de dezembro.
2. Libra oscila com legisladores abrindo caminho para o Brexit
Theresa May, primeira-ministra britânica, obteve o direito de acionar o Artigo 50, que inicia o processo de saída da União Europeia, após o parlamento aprovar, na segunda-feira no início da noite, legislação que dá a ela poderes para desencadear o processo de saída.
O projeto de lei será agora enviado à rainha para aprovação simbólica cuja aprovação poderá ser concedida já na manhã de terça-feira, deixando May pronta para iniciar uma negociação de dois anos antes do fim de março.
Entretanto, a Escócia solicitou um novo referendo de independência antes da saída do Reino Unido da União Europeia, acrescentando mais preocupações ao mercado com relação ao Brexit.
A libra caiu para a mínima de oito semanas de 1,2109 frente ao dólar, antes de se recuperar para 1,2130, uma queda de 0,7% para o dia (GBP/USD).
A libra também estava em baixa frente ao euro, com o par EUR/GBP avançando 0,6% para 0,8768, não muito distante da máxima em oito semanas de 0,8786, atingida na segunda-feira.
3. Holanda se prepara para eleição
Investidores se concentram em notícias sobre a eleição holandesa, prevista para quarta-feira, a qual está sendo vista como um termômetro da disseminação do populismo na Europa, em particular antes da eleição francesa no próximo mês.
Pesquisas de opinião sugerem que Geert Wilders, nacionalista holandês do Partido da Liberdade, de direita, que deseja retirar a Holanda da União Europeia e interromper a imigração de muçulmanos, perdeu a liderança para oponentes tradicionais.
Entretanto, um impasse diplomático com a Turquia no fim de semana ameaçou ofuscar a reta final da campanha e influenciar votos em favor de Wilders a menos de 24 horas do dia da votação, levando investidores a ficarem preocupados com a possibilidade de um resultado chocantes como o do Brexit ou a eleição de Trump.
4. Petróleo ensaia leve recuperação de mínima de 4 meses
Preços do petróleo ensaiaram uma leve recuperação nesta terça-feira após caírem aos mais baixos níveis desde o fim de novembro em meio a receios sobre crescimento da produção de xisto e estoques com altas recordes nos EUA.
O petróleo bruto dos EUA estava US$ 0,21 mais alto, ou cerca de 0,4%, com o barril chegando a US$ 48,60, após chegar à mínima em quase quatro meses de US$ 47,90.
O petróleo Brent subiu US$ 0,22 para US$ 51,57, embora tenha caído para US$ 50,91 na segunda-feira, seu nível mais fraco desde o fim de novembro.
Investidores prestarão atenção no relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, previsto para o decorrer do pregão, para avaliar os esforços dos produtores mundiais para reequilibrar a oferta global e a demanda.
Enquanto isso, O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) deve divulgar seu relatório semanal dos estoques às 16h30 em horário local (17h30 em horário de Brasília) nesta terça-feira. Dados oficiais da Administração de Informação de Energia serão divulgados na quarta-feira, em meio a previsões de aumento dos estoques de petróleo em 3,2 milhões de barris.
5. Dados chineses traçam cenário favorável
Dados econômicos da China de janeiro a fevereiro traçaram um cenário favorável da segunda maior economia do mundo, destacando a visão de início sólido em 2017.
A produção industrial cresceu 6,3% nos dois primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período do ano passado, superando expectativas de 6,2% e um aumento comparado com 6,0% no mês anterior.
O investimento em ativos fixos cresceu 8,9% no ano, com o crescimento do investimento privado mais que dobrando comparado com o ano anterior.
Mas as vendas no varejo frustraram as expectativas, subindo apenas 9,5%, enquanto as projeções eram de 10,5% de aumento.