Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 17 de julho, sobre os mercados financeiros:
1. Dados de crescimento da China superam expectativas
O PIB da China no segundo trimestre superou com facilidade as expectativas, ao passo que as vendas no varejo e a produção industrial foram também fortes.
A economia cresceu 6,9% nos três meses até 30 de junho, a mesma taxa do primeiro trimestre, afirmou o Escritório Nacional de Estatísticas. Analistas esperavam que a economia expandisse 6,8% no trimestre entre abril e junho.
A produção industrial da China cresceu 7,6% em junho em comparação ao ano anterior, o ritmo mais acelerado em três meses, ao passo que o investimento em ativos fixos aumentou 8,6% nos primeiros seis meses do ano, ambos superando expectativas.
As vendas no varejo subiram 11,0% em junho em comparação ao ano anterior, o ritmo mais acelerado desde dezembro de 2015 e superando as expectativas dos analistas de 10,6% de aumento.
Os dados positivos deixam a nação asiática no caminho de atender confortavelmente sua meta de crescimento de 2017, enquanto dá aos decisores espaço para enfrentar grandes desafios econômicos antes de mudanças cruciais de liderança ainda este ano.
2. Bolsas de todo o mundo próximas de máximas históricas
Bolsas de valores de todo o mundo estavam próximas de máximas históricas, já que investidores comemoravam dados chineses animadores ao acumularem posições alavancadas.
Bolsas na Ásia atingiram máxima de dois anos durante a noite, mas o mercado na China continental encerrou em baixa em meio a preocupações com as implicações de uma reunião no fim de semana na qual Xi Jinping, presidente do país, afirmou que o banco central teria um papel importante na defesa contra os riscos.
Na Europa, mercados subiam com bolsas se aproximando da máxima de três semanas, com o setor de mineração liderando os ganhos.
Em Wall Street, o mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura estável enquanto uma semana cheia de relatórios de resultados se iniciava. A BlackRock (NYSE:BLK) deve divulgar os resultados antes da abertura, ao passo que a Netflix (NASDAQ:NFLX) deverá fazer a divulgação após o fechamento.
3. Dólar cai à mínima desde setembro
O dólar norte-americano e os rendimentos da dívida do governo dos EUA tinham dificuldades próximos de novas mínimas, já que investidores apostavam que os dados apáticos dos EUA manteriam o Federal Reserve cauteloso em relação ao futuro andamento do endurecimento da política monetária.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, caiu para 94,86 durante a noite, mínima de 10 meses. Estava fixado em 95,00 no início do pregão.
Enquanto isso, os rendimentos do título do Tesouro norte-americano com vencimento em 10 anos, tomado como referência, caíam para cerca de 2,31%, permanecendo bem abaixo de cerca de 2,39%, máxima atingida no início desse mês.
Operadores de futuros apostam em menos de 40% de chances de aumento da taxa de juros até o fim do ano, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
Investidores também aguardam o estudo Empire State da Atividade Industrial, previsto para ser divulgado às 09h30 (horário de Brasília).
4. Criptomoedas se recuperam de queda no fim de semana
Preços do bitcoin e do ethereum interromperam seu declínio recente, recuperando-se após sofrerem fortes perdas durante o fim de semana devido a preocupações com uma bolha de criptomoedas.
O bitcoin estava cotado a US$ 2.061,90 na corretora norte-americana GDAX, operada pela Coinbase, alta de cerca de 7,5% ou US$ 143,40.
A criptomoeda caiu em torno de 13% no domingo, de acima de US$ 2.000 até à mínima de US$ 1.758,20, nível não visto desde 16 de maio, já que investidores permaneciam receosos em tomar grandes posições em meio às crescentes preocupações com o futuro da moeda digital.
O ethereum, rival mais próximo do bitcoin em termos de capitalização de mercado, subia 15,2%, ou US$ 23,70, chegando a US$ 179,64. Caiu mais de 20% no domingo, chegando a US$ 130,26, menor nível em mais de um mês.
Os preços estão quase 55% mais baixos após a máxima histórica próxima do nível de US$ 400 da metade de junho, mas ainda com ganhos de 1.800% apenas em 2017.
5. Segunda rodada de negociações sobre Brexit começa
David Davis, secretário britânico do Brexit, se reúne com Michel Barnier, da União Europeia, para quatro dias de negociações entre suas equipes em Bruxelas com o início da segunda rodada de negociações da saída da Grã-Bretanha da União Europeia.
Os grupos de trabalho se concentrarão em três áreas: direitos do cidadão, a demanda da União Europeia para que o Reino Unido pague cerca de 60 bilhões de euros (US$ 69 bilhões) para cobrir os compromissos orçamentários em vigor com o bloco e outras pontas soltas, como o que ocorrerá com os itens britânicos nas lojas da União Europeia no dia do Brexit.
Um mês após sua primeira reunião, o francês pressionará Davis a concordar em cobrir os compromissos financeiros britânicos substanciais e oferecer mais detalhes sobre as propostas britânicas.