Fique por dentro das principais notícias do mercado desta sexta-feira

Publicado 04.04.2025, 08:35
© Reuters

Investing.com — Os principais índices futuros das ações nos EUA continuavam em queda nesta sexta-feira, após o anúncio de amplas tarifas comerciais pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Investidores aguardam a divulgação do relatório mensal de empregos (payroll) no país às 9h30 de Brasília e um discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

No Brasil, serão divulgados novos dados de inflação para o mês de março.

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1. Índices futuros dos EUA em queda

Os futuros das ações dos EUA apontaram para uma abertura mais baixa nesta sexta-feira, com a liquidação desencadeada pelo plano tarifário do presidente Donald Trump prevista para continuar.

Às 8 h de Brasília, o S&P 500 caía 160 pontos, ou 3,01%, o Nasdaq 100 recuava 581,16 pontos, ou 3,14%, e o Dow Jones deslizava 1190 pontos, ou 2,99% no mercado futuro.

CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street

Os principais índices de Wall Street sofreram a maior queda em cinco anos na quinta-feira, após Trump anunciar uma tarifa básica de 10% sobre bens importados de todos os países, com vigência a partir de 5 de abril, e tarifas ainda mais altas para os principais parceiros comerciais dos EUA.

O Dow Jones Industrial Average caiu quase 1.700 pontos, ou 4%, o Nasdaq Composite, focado em tecnologia, despencou quase 6%, enquanto o S&P 500 caiu 4,8%, retornando ao território de correção, com queda superior a 10% em relação ao recorde de fevereiro.

Tanto o Nasdaq quanto o S&P 500 estão a caminho de suas piores performances semanais desde setembro de 2024 e registram a sexta semana negativa nas últimas sete.

Investidores temem que uma guerra comercial global leve a uma severa redução da atividade econômica.

As chances de uma recessão global aumentarão para 60% se o plano tarifário de Trump for adiante conforme apresentado, de acordo com o banco de investimentos JPMorgan (NYSE:JPM), um aumento em relação à probabilidade anterior de 40%.

2. Relatório de empregos (payroll)

O aguardado relatório de empregos de março será divulgado, enquanto investidores buscam pistas sobre a saúde da economia dos EUA, dados os crescentes temores sobre o impacto das tarifas de Trump no crescimento e nas pressões inflacionárias.

Espera-se que a economia dos EUA tenha adicionado 137.000 postos em março, abaixo dos 151.000 do mês anterior e bem abaixo da média mensal de 190.000 dos últimos seis meses.

A taxa de desemprego deve permanecer em 4,1%, igual à de fevereiro.

Uma certa incerteza paira sobre o mercado de trabalho após demissões em massa no setor público para reduzir gastos do governo federal e devido à provável relutância das empresas em aumentar as contratações em meio à turbulência tarifária.

Dados divulgados no início desta semana mostraram que as vagas de emprego nos EUA caíram em fevereiro, enquanto empregadores privados adicionaram mais postos do que o esperado em março, segundo o Relatório Nacional de Emprego da ADP.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

3. Powell falará sobre perspectivas econômicas

Outro evento de grande interesse será o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre as perspectivas econômicas, previsto para mais tarde nesta sessão.

O Federal Reserve manteve sua taxa de juros básica no intervalo de 4,25%-4,50% na reunião de março, citando a atual alta incerteza econômica.

Os formuladores de políticas agora parecem estar entre um quase certo aumento nos preços ao consumidor e o crescente risco de recessão, à medida que consumidores e empresas reduzem gastos.

Os futuros de fundos federais subiram mais 9 pontos-base para dezembro, basicamente implicando cortes de 100 pontos-base este ano.

Analistas do Citi veem potencial para ainda mais flexibilização se as tarifas elevadas persistirem pelos próximos meses, mesmo que isso aumente significativamente a inflação.

"No final das contas, esperamos que os oficiais adotem uma postura mais dovish em relação ao seu mandato de emprego e implementem cortes de 125 pontos-base nas taxas este ano", disseram analistas do Citi em nota.

4. Ouro e petróleo em direções opostas

Os preços do ouro recuaram de níveis recordes nesta sexta-feira, mas ainda estão a caminho de seu quinto ganho semanal consecutivo, à medida que o porto seguro se beneficia da turbulência do mercado gerada pelas amplas tarifas comerciais da administração Trump.

O ouro à vista subia 1,2%, para US$ 3.153,75 por onça, após atingir um novo recorde de US$ 3.168,04 na quinta-feira.

Apesar do recuo, o comentarista de mercado Ed Yardeni espera novos ganhos, prevendo que o metal amarelo alcance US$ 4.000 até o final do ano.

"Isso pode acontecer mais cedo se Trump persistir com seu Reinado de Tarifas", disse ele hoje.

O HSBC também elevou sua previsão média de preço do ouro para 2025 e 2026 para US$ 3.015 e US$ 2.915 por onça, respectivamente, um aumento em relação às previsões anteriores de US$ 2.687 e US$ 2.615.

O banco de investimentos afirmou que riscos geopolíticos, incluindo a guerra na Ucrânia e conflitos no Oriente Médio, juntamente com mudanças na política externa dos EUA e incerteza econômica, estão impulsionando os preços do ouro para cima.

Já os preços do petróleo recuaram ainda mais nesta sexta-feira e estão a caminho da pior semana em meses, após as tarifas comerciais dos EUA aumentarem os riscos de uma recessão global que poderia pesar na demanda por petróleo.

Ambos os contratos caíram mais de 6% na quinta-feira, com o Brent a caminho de sua maior perda semanal em termos percentuais desde outubro, e o WTI desde janeiro.

Somando-se ao sentimento negativo, a notícia de quinta-feira de que oito membros da Opep+, grupo que inclui a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia, pretende acelerar a produção.

O Goldman Sachs (NYSE:GS) reduziu suas projeções de preço para o petróleo em decorrência disso, e agora espera que os barris do Brent e do WTI fiquem na média de US$ 69 e US$ 66, respectivamente, ao longo de 2025.

CONFIRA: Cotação das principais commodities

5. Inflação no Brasil

Os investidores acompanharão hoje mais números de inflação no Brasil para o mês de março, com a divulgação logo mais do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getulio Vargas, mais sensível a variações no câmbio e nos custos do atacado.

No relatório passado, referente a fevereiro, o indicador subiu 1,00%, acumulando alta de 1,11% no ano e 8,78% em 12 meses. O resultado veio abaixo da mediana das projeções do mercado. O avanço deveu-se principalmente à forte demanda, combinada com baixa oferta, além de dificuldades logísticas no caso do milho, com efeitos sobre os custos de proteínas animais.

RELATÓRIO DE MARÇO: IGP-DI passa a recuar 0,50% em março com quedas nos preços do arroz, diz FGV

Ontem, o mercado repercutiu os impactos do amplo plano tarifário anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Na visão de alguns analistas, mesmo com um cenário adverso, o Brasil pode acabar se beneficiando indiretamente com uma alíquota mais baixa, de 10%, em comparação com países e blocos econômicos mais atingidos pelas medidas — como China e União Europeia —, tornando-se uma alternativa viável para atender parte da demanda norte-americana. Isso pode criar oportunidades para exportadores brasileiros em segmentos estratégicos, como minério e produtos siderúrgicos, aeronaves e etanol. A percepção de que o Brasil foi relativamente poupado contribuiu para o sentimento mais favorável em relação ao mercado local.

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