😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Governo federal é contra antecipação no STF de acordo fiscal para beneficiar RJ

Publicado 07.02.2017, 18:32
Governo federal é contra antecipação no STF de acordo fiscal para beneficiar RJ

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal é contra antecipação de acordo fiscal que abriria brecha para o Rio de Janeiro tomar empréstimos apesar de sua complicada situação de caixa, avaliando que um aval do Supremo Tribunal Federal (STF) à investida afrouxaria o compromisso do Estado em ajustar suas contas, afirmou uma fonte da equipe econômica a par das discussões.

"Não faz sentido dar liminar para iniciar o regime de recuperação fiscal que só tem razão via lei complementar aprovada no Congresso", disse.

"A liminar seria uma exceção perigosa ao equilíbrio fiscal ao abrir o direito de descumprir a lei, sem argumento que o justifique", completou a fonte.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a admitir que o governo cogitou atuar junto ao STF para que a corte concedesse uma liminar nesse sentido. No entanto, desistiu da ideia por considerar que esse papel não cabia à União. Desde então, o governo vem trabalhando nos bastidores para que o STF não dê aval ao pedido do Rio, feito no fim de janeiro.

Alegando estado de calamidade pública, o RJ pediu autorização à corte para não ter que cumprir os limites de gastos com pessoal e de endividamento impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para poder pedir novos empréstimos.

Essa possibilidade foi aberta pelo termo assinado com o governo federal. Para entrar em vigor, contudo, o plano precisa ser chancelado tanto pelo Congresso Nacional quanto pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, razão pela qual o Estado busca uma antecipação de seus efeitos junto ao Judiciário para sanar compromissos imediatos de caixa.

Em troca do alívio financeiro, o Estado deverá adotar duras medidas fiscais, como elevação da contribuição previdenciária, aumento de impostos e corte significativo de despesas. O plano inclui ainda garantia da União para empréstimos de 6 bilhões de reais, tendo como contragarantia a privatização da estatal de saneamento Cedae, estimada em 3 bilhões de reais, e fluxos futuros de royalties de igual montante.

Em peça sobre o tema enviada ao relator do caso no STF, ministro Luiz Fux, a Advocacia Geral da União (AGU) se posicionou frontalmente contra a concessão de liminar, destacando que "não merece prosperar" o argumento do Rio de que a antecipação favoreceria a tramitação dos projetos de lei necessários à implementação do plano de recuperação fiscal.

"Ora, o que se tem é justamente o contrário: o deferimento da tutela antecipada pode contribuir para que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro não aprove qualquer medida prevista no termo de compromisso, ou não aprove com a celeridade necessária, pois o Estado já estaria dele se beneficiando sem ter adotado qualquer contrapartida", escreveu a advogada-geral da União, Grace Mendonça.

Grace participou nesta tarde de reunião no STF com a equipe de Fux, além da secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi.

"A avaliação do Tesouro é a avaliação da AGU ... Os termos do acordo foram construídos para contarmos com o apoio legislativo", disse Ana Paula a jornalistas.

(Reportagem adicional de César Raizer)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.