Calendário Econômico: Fed é centro das atenções por motivos econômicos, políticos
Investing.com — Anúncios agressivos de tarifas dos EUA podem acabar reduzindo os preços ao consumidor em vez de alimentar pressões inflacionárias, disse Robert Holzmann, membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), à Bloomberg News.
Em entrevista à Bloomberg em Washington, onde participa das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional, Holzmann afirmou que a incerteza mais ampla em torno dos planos tarifários erráticos do governo Trump deixou as próximas decisões do BCE sobre taxas de juros "completamente em aberto".
Holzmann acrescentou que as autoridades não sabem "onde vamos parar", mas observou que concorda com a recente avaliação da presidente do BCE, Christine Lagarde, de que o impacto líquido das tarifas parece ser deflacionário em vez de elevar os preços.
Os comentários surgem após o BCE, que cortou os custos de empréstimos sete vezes desde junho passado, estar considerando seus próximos movimentos de política em um contexto de preocupação generalizada sobre o efeito das tarifas de Trump. Os mercados atualmente precificam mais duas reduções de um quarto de ponto antes do final de 2025, além de uma chance de 60% de uma terceira, informou a Bloomberg.
No início deste mês, Trump revelou tarifas elevadas para muitos países, citando a necessidade de reequilibrar práticas comerciais percebidas como injustas, trazer de volta empregos de manufatura e aumentar a receita do governo. No entanto, após profundas perturbações nos mercados de ações e títulos, Trump anunciou um adiamento de 90 dias para as tarifas e sugeriu que a Casa Branca está buscando garantir dezenas de acordos comerciais com nações individuais.
Economistas alertaram que as tarifas de Trump tendem a aumentar a inflação e pesar sobre o crescimento nos EUA, potencialmente se espalhando para outras partes da economia global. Enquanto isso, empresas advertiram que a incerteza em torno das tarifas intermitentes tem dificultado o planejamento de decisões futuras de investimento.
Holzmann disse que antecipa que essa falta de clareza "criada pelos EUA persistirá" além do adiamento de 90 dias, acrescentando que haverá "cicatrizes na economia" mesmo se Trump acabar reduzindo as tarifas.
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