Galípolo prega “vigilância” do BC do fim de 2025 a 2026 e defende manutenção da Selic
Por Heather Schlitz
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros do milho e da soja em Chicago subiram nesta sexta-feira, saindo das mínimas de vários meses, apoiados pela cobertura de posições vendidas e pelo enfraquecimento do dólar, segundo analistas.
Os participantes do mercado de grãos também estavam ajustando suas posições, já que voltaram suas atenções para os relatórios do Departamento de Agricultura dos EUA sobre a área cultivada, os estoques e o progresso das safras na segunda-feira.
No entanto, as perspectivas favoráveis de oferta nos Estados Unidos e no mundo continuaram a limitar os preços.
O contrato de soja mais ativo terminou em alta de 8,25 centavos, a US$10,2475 o bushel.
O trigo fechou com ganhos de 4 centavos, a US$ 5,4075 por bushel. O milho avançou 7,50, a US$4,115 por bushel, recuperando-se da mínima de oito meses registrada na quinta-feira, de US$4,0225.
"Há alguma cobertura de posições vendidas após a grande venda", disse Randy Place, analista do Hightower Report. "Já precificamos uma boa parte do sentimento baixista nesta semana."
A maior fraqueza do dólar, já que os investidores veem chances de maiores cortes nas taxas de juros dos EUA este ano, também ajudou a sustentar os mercados de commodities.
Apesar da recuperação de sexta-feira, as grandes perspectivas de oferta global ainda pairam sobre os mercados de grãos.
O clima quente e as chuvas criaram condições ideais de cultivo para a soja e o milho no Meio-Oeste dos EUA, enquanto no Brasil os agricultores devem colher uma segunda safra de milho abundante, após uma colheita recorde de soja no início deste ano.
"Será uma safra maior do que a esperada, o que concorre diretamente com as exportações dos EUA", disse Place.
(Reportagem de Heather Schlitz em Chicago. Reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Ella Cao e Lewis Jackson em Pequim)