Bitcoin recua e testa suporte em meio a liquidações e cautela global
BRUXELAS (Reuters) - Os ministros das Finanças da União Europeia discutirão na sexta-feira como lidar com o esperado golpe no crescimento econômico da Europa decorrente das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre os produtos da UE, escreveu o presidente da reunião, Andrzej Domanski, em uma carta-convite.
Domanski, ministro das Finanças da Polônia, que detém a presidência rotativa da UE até junho, disse que os ministros deverão considerar uma maior integração do mercado interno da própria UE como resposta.
"A interrupção das cadeias de oferta e o aumento dos custos para as empresas afetarão os índices de crescimento e as moedas europeias", escreveu Domanski antes da reunião em Varsóvia.
"Isso terá consequências sociais adversas, aumentando os preços para os consumidores e deixando os cidadãos mais vulneráveis. Vamos nos concentrar nas implicações econômicas mais amplas... na sexta-feira", disse ele.
O Banco Central Europeu previu no mês passado - antes dos anúncios dos EUA sobre as tarifas - que o crescimento econômico da zona do euro seria de cerca de 0,9% este ano e a inflação de 2,3%.
Desde então, Washington impôs tarifas de 25% sobre aço, alumínio e automóveis europeus e 20% sobre quase todos os outros produtos.
Os EUA também impuseram tarifas recíprocas em todo o mundo, desencadeando uma liquidação nos mercados devido a temores de inflação, demanda mais fraca e, possivelmente, uma recessão global.
Domanski disse que a remoção das barreiras regulatórias da UE que dificultam o comércio entre os 27 países do bloco deve ser a resposta natural à medida dos EUA. O Fundo Monetário Internacional afirmou que tais regulamentações são equivalentes a uma tarifa de mais de 40% sobre mercadorias e 110% sobre serviços.
"Um dos principais objetivos de nossa discussão também deve ser demonstrar a unidade da União Europeia", disse ele. "Nossa força reside em nossa solidariedade".
(Reportagem de Jan Strupczewski)