Money Times - O Banco Central reduziu na terça-feira (19) à noite a redução das alíquotas dos depósitos compulsórios dos bancos (dinheiro que as instituições são obrigadas a deixar parado no BC). A iniciativa envolve recursos à vista, cuja alíquota passa de 45% para 40%, e recursos a prazo, que cai de 36% para 34%. Na prática, a autoridade monetária libera dinheiro para o sistema financeiro.
Para a equipe de análise do Credit Suisse, a medida pode ter um impacto direto sobre o lucro líquido das principais instituições financeiras listadas na B3 (SA:BVMF3). Assumindo que os recursos disponíveis serão investidos na Selic, o impacto será de 0,9% para o Banco do Brasil (SA:BBAS3), 0,5% para o Banrisul (SA:BRSR6), 0,4% para o Itaú Unibanco (SA:ITUB4), 0,3% para o Santander (SA:SANB11) e 0,3% para o Bradesco (SA:BBDC4).
“A medida, que faz parte do programa Agenda BC+, pilar Crédito mais Barato, gera efeito líquido que corresponde à liberação de R$ 6,5 bilhões de recursos depositados, contribuindo para a redução estrutural do volume de depósitos compulsórios”, diz o comunicado do BC.
“O objetivo final é reduzir o custo do crédito no Brasil, com o objetivo de aumentar o crescimento dos empréstimos e baixar os spreads. No entanto, considerando a magnitude dos depósitos lançados (apenas aproximadamente 1,4% do empréstimo e 1,3% da originação dos últimos doze meses) e a alta liquidez atual dos bancos, não esperamos nenhuma contribuição significativa para o crescimento do crédito”, explicam os analistas do Credit Suisse.
Por Money Times