Investing.com - Mercados financeiros do mundo inteiro estarão atentos à reunião de política monetária do Federal Reserve, nesta quarta-feira, na busca de novas indicações sobre o próximo aumento da taxa de juros dos EUA.
Investidores também manterão o foco nos relatório mensal de empregos dos EUA, previsto para sexta-feira, no intuito de aferir a saúde da maior economia do mundo, especialmente após a recente série de dados econômicos frustrantes.
Já na Europa, a zona do euro deve publicar seus dados preliminares sobre o crescimento econômico no primeiro semestre nesta quarta-feira e deve fornecer mais indicações sobre a força da economia na região.
Enquanto isso, no Reino Unido, investidores também manterão foco em relatórios sobre a atividade nos setores da indústria, da construção civil e de serviços, à procura de mais indicações sobre o efeito contínuo que a decisão do Brexit está tendo sobre a economia.
Investidores também vigiarão de perto os dados mensais do setor industrial da China, que deve fornecer uma demonstração sobre a saúde da segunda maior economia do mundo no início do segundo trimestre.
Na Europa, no Reino Unido e na Ásia, a maior parte dos mercados estará fechada nesta segunda-feira devido ao feriado do Dia do Trabalho.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com os cinco maiores eventos do calendário econômico com grandes chances de afetar os mercados.
1. Decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros
As expectativas são de que nenhuma ação será tomada na conclusão da reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve às 15h (horário de Brasília) de quarta-feira.
O banco central divulgará sua declaração após a reunião e os investidores buscarão qualquer mudança na linguagem que possa apontar mais claramente para um aumento da taxa de juros em junho.
Também há alguns membros do Fed com aparições públicas marcadas para esta semana após a reunião de quarta-feira, com previsão de discurso de Janet Yellen, presidente nacional da instituição, com o título "Regras de Política Monetária e Comitês" no Instituto Hoover, em Stanford, na sexta-feira.
Stanley Fischer, vice-presidente nacional do Fed, John Williams, presidente do Fed de São Francisco, Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, Eric Rosengren, presidente do Fed de Boston e James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, também devem fazer comentários públicos nesta sexta-feira.
Mercados apostam atualmente em torno de 65% de chances de alta da taxa de juros em junho, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com. Já em setembro, as apostas são de 80% de probabilidade.
A média das projeções de dirigentes do Fed aponta para mais duas elevações da taxa de juros até o fim do ano, após já ter ocorrido aumento da taxa de juros de referência uma vez este ano de 0,25% em sua última reunião de política monetária em março.
2. Relatório de empregos nos EUA de abril
O Departamento de Trabalho dos EUA divulgará seu relatório de abril de folhas de pagamento não agrícolas na sexta-feira às 9h30 (horário de Brasília).
O consenso das previsões é de que os dados mostrarão o acréscimo de 180.000 empregos, na sequência do aumento de apenas 98.000 em março, a taxa de desemprego deve subir de 4,5% para 4,6%, enquanto a média de ganhos por hora deve aumentar 0,3% após ter aumentado 0,2% no mês anterior.
Um relatório de empregos positivo indicaria uma melhora na economia e daria sustentação para maiores taxa de juros nos próximos meses, ao passo que um relatório fraco aumentaria as incertezas sobre a perspectiva econômica e deixaria mais remota a possibilidade de maior endurecimento da política monetária.
Além do relatório de empregos, o calendário desta semana também traz dados norte-americanos sobre o crescimento dos setores da indústria e de serviços, as vendas de veículos, os gastos pessoais, a inflação, as encomendas à indústria e também os números mensais da balança comercial.
Manchetes de Washington sobre reforma do sistema de saúde e de cortes nos impostos, propostas do Presidente Donald Trump, também estarão em foco.
Resultados de empresas como Apple (NASDAQ:AAPL), Facebook (NASDAQ:FB), Tesla (NASDAQ:TSLA), Time Warner (NYSE:TWX), Pfizer (NYSE:PFE) e Mastercard (NYSE:MA) também estarão no radar esta semana.
3. PIB do 1.º tri da zona do euro
A zona do euro divulgará o relatório preliminar sobre crescimento econômico do primeiro trimestre às 6h (horário de Brasília) nesta quarta-feira.
Espera-se que a economia da região tenha crescido 0,5% nos primeiros três meses do ano, em leve aceleração do crescimento a partir de 0,4% no trimestre anterior.
Dados no final da última semana pareciam dar amplo suporte à previsão, com o crescimento mais fraco do que o esperado de 0,3% do PIB da França sendo compensado pelo forte crescimento de 0,8% na Espanha.
Além do relatório do PIB, a zona do euro também divulgará os números do desemprego em março e as leituras finais dos PMIs em abril.
Os dirigentes do Banco Central Europeu não discutiram remover o viés mais acomodatício da política monetária em sua última reunião na semana passada, mantendo sua posição moderada apesar de indicações receites de inflação crescente e crescimento robusto.
4. PMIs de abril do Reino Unido
O Reino Unido divulgará suas leituras sobre a atividade do setor industrial em abril às 05h30 (horário de Brasília) nesta terça-feira, seguido pelo relatório do setor de construção civil na quarta-feira e do setor de serviços na quinta-feira.
Espera-se que o PMI industrial caia de 54,2 no mês anterior para 54,0 agora, que a atividade de construção civil enfraqueça um pouco de 52,2 para 52,0, e que o gigante setor de serviços britânico reduza de 55,0 no último mês para 54,5 na leitura atual.
Os dados divulgados na semana passada mostraram que a economia britânica cresceu apenas 0,3% no trimestre entre janeiro e março, ressaltando preocupações de que a economia estaria se desacelerando com Theresa May, primeira-ministra, se preparando para iniciar as negociações para deixar a União Europeia.
5. Dados industrias da China em Abril
O PMI industrial Caixin, que se concentra principalmente em pequenas e médias empresas, deve ser divulgado às 22h45 (horário de Brasília) nesta segunda-feira. Espera-se que o resultado caia de 51,2 no último mês para o valor atual de 51.0.
O índice oficial da atividade dos gestores de compras divulgado no domingo apresentou redução de 51,8 em março para 51,2 em abril, mínima de seis meses e abaixo das projeções de 51,6.
Qualquer valor acima de 50,0 aponta expansão, ao passo que leituras abaixo de 50,0 indicam contração na indústria.
A economia da China cresceu 6,9% no primeiro trimestre, impulsionada pelos gastos mais altos do governo e crédito bancário recorde. Contudo, o crescimento deve se desacelerar uma vez que os dirigentes tomam medidas para reduzir os riscos financeiros na economia.
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