Investing.com - Importantes dados econômicos dos EUA na semana que se inicia podem oferecer mais evidências se a maior economia do mundo está forte o suficiente para suportar um aumento dos juros já no próximo mês, com os estudos da atividade industrial Empire State e do Fed de Filadélfia em foco.
Enquanto isso, a China deve divulgar os dados da produção industrial em meio a sinais recentes de resfriamento da segunda maior economia do mundo.
Já na Europa, a zona do euro deve publicar seus dados revistos sobre o crescimento econômico no primeiro semestre; logo, os investidores buscarão mais sinais sobre a força da economia na região e indicações de quando o Banco Central Europeu começará a reduzir seu programa de estímulo.
No Reino Unido, participantes do mercado aguardarão relatórios de preços ao consumidor, empregos e vendas no varejo para mais indicações do efeito contínuo que a decisão do Brexit está tendo na economia.
Dados preliminares sobre o crescimento japonês no primeiro trimestre também estarão em foco
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com os cinco maiores eventos do calendário econômico com grandes chances de afetar os mercados.
1. Atividade industrial Empire State e do Fed de Filadélfia em maio
O Federal Reserve Bank de Nova York deve publicar o índice Empire State da atividade industrial em maio às 09h30 (horário de Brasília) nesta segunda-feira em meio a expectativas de uma melhora modesta de 5,2, em abril, para 7,0.
Este estudo será seguido pelo índice da atividade industrial do Fed da Filadélfia, previsto para às 09h30 (horário de Brasília) de quinta-feira. Analistas de mercado esperam que o índice caia de 22,0 no mês anterior para 19,8 em maio.
Além dos estudos sobre atividade industrial, o calendário desta semana também traz dados norte-americanos sobre {ecl-885||alvarás de construção}}, construção de novas casas, produção industrial e pedidos semanais de seguro-desemprego.
Mercados apontam atualmente em torno de 70% de chances de alta da taxa de juros em junho após os relatórios frustrantes de {ecl-256||vendas no varejo}} e inflação nos EUA, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
Resultados de empresas varejistas como Wal-Mart (NYSE:WMT), Target (NYSE:TGT), Home Depot (NYSE:HD), Gap (NYSE:GPS) e TJX (NYSE:TJX) também estarão no radar esta semana, especialmente em face a resultados ruins divulgados na semana passa de lojas de departamentos como Macy's (NYSE:M) e Nordstrom (NYSE:JWN).
Manchetes de Washington sobre reforma do sistema de saúde e de cortes nos impostos, propostas do Presidente Donald Trump, também estarão em foco.
2. Produção industrial na China em abril
O Instituto Nacional e Estatísticas da China deverá divulgar os dados da produção industrial em abril às 23h (horário de Brasília) no domingo. Analistas de mercado esperam que a produção das fábricas tenha subido 7,1% no último mês após ter subido 7,6% em março.
A nação asiática divulgará dados sobre investimento em ativos fixos e relatório sobre vendas no varejo ao mesmo tempo.
Dados fracos sobre a {ecl-464||inflação}} e a balança comercial em abril, divulgados na semana passada, deram destaque às visões de que a expansão econômica chinesa permanece sólida, porém começa a se acalmar após um início de ano surpreendentemente forte.
3. PIB do 1.º tri da zona do euro - leitura revista
A zona do euro divulgará seus dados revistos do crescimento no primeiro trimestre às 10h (horário de Brasília) de terça-feira. Uma estimativa inicial publicada no início deste mês mostrou que a economia da região cresceu 0,5% nos três meses até 31 de março, acelerando a partir do crescimento de 0,4% no quarto trimestre.
Outros dados da zona do euro esta semana incluem números sobre a inflação final e a confiança do consumidor.
Além disso, participantes do mercado se concentrarão na terça-feira nos dados do estudo do ZEW sobre percepção econômica na Alemanha para avaliar a confiança na maior economia da zona do euro.
Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, reiterou na semana passada que o BCE não tem pressa de elevar as taxas de juros ou de reduzir seu programa massivo de compra de títulos, alertando que ainda é muito cedo para se declarar vitória na busca de estímulo à inflação apesar dos sinais de que a recuperação econômica do bloco está se fortalecendo.
4. IPC, empregos e vendas no varejo em abril no Reino Unido
O Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido (ONS, na sigla em inglês) divulgará dados sobre a inflação dos preços ao consumidor em abril nesta terça-feira às 5h30 em horário de Brasília. Analistas esperam que os preços ao consumidor tenham subido 2,6% após terem aumentado de 2,3% no mês anterior.
Às 5h30 (horário de Brasília) de quarta-feira, o ONS publicará o relatório mensal de empregos. A previsão para o número de pessoas que solicitaram benefícios de assistência ao desemprego é de aumento de 5.000 em abril, com a taxa de desemprego se mantendo estável em 4,7%. O crescimento na renda, incluindo bônus, tem projeção de aumento de 2,4%.
Na quinta-feira, o ONS também divulgará relatório das vendas no varejo em abril às 5h30 (horário de Brasília), com analistas esperando um aumento de 1%, na sequência de uma queda de 1,8% no mês anterior.
Dados recentes apontaram sinais de que a inflação em alta, que se deve em parte à queda da libra após o plebiscito do Brexit, está reduzindo os gastos dos consumidores, o principal motor da economia, com o início das negociações do divórcio do país com a União Europeia
5. PIB preliminar do Japão no primeiro trimestre
O Japão divulgará dados preliminares sobre o crescimento no primeiro trimestre às 20h50 (horário de Brasília) na quarta-feira. O relatório deve revelar que a economia do Japão cresceu 0,4% nos primeiros três meses do ano, em comparação ao crescimento de 0,3% no período precedente de três meses.
A economia deve apresentar crescimento anualizado de 1,7% no primeiro trimestre, o que seria o crescimento mais acelerado desde o segundo trimestre de 2016.
O consumo privado, que responde por cerca de 60% do PIB, teve crescimento de 0,4% no primeiro trimestre, após não ter crescido no período entre outubro e dezembro.
Além do relatório do PIB, o Japão também planejava divulgar dados sobre núcleo das encomendas de maquinário, que são vistos como um bom indicador dos gastos de capital para os próximos seis a nove meses.
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