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Otimismo inicial com governo Bolsonaro não impede queda do PIB no 1º tri

Publicado 29.05.2019, 16:49
PETR4
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VALE3
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Por Leandro Manzoni

Investing.com - O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre será divulgado nesta quinta-feira (30) pelo IBGE. A expectativa não é nada animadora, com a perspectiva de a economia brasileira ter vivido a primeira retração no período desde 2016, contrastando com o otimismo gerado pela vitória eleitoral e posse do presidente Jair Bolsonaro no fim de 2018 e início de 2019.

Economistas ouvidos por Investing.com corroboram essa visão, com expectativa de um resultado entre crescimento zero e queda de 1%. A projeção se alinha com consenso dos economistas consultados pela Reuters, com a mediana apontando retração de 0,2%.

“Todos os indicadores apresentam desaceleração no primeiro trimestre”, avalia José Carlos Faria, economista-chefe do BNP, durante conversa com jornalistas nesta quarta-feira (29). O economista prevê uma retração de 0,3 baseado na queda do IBC-br – uma espécie de prévia do PIB elaborado pelo Banco Central – de 0,68% no período, com o crescimento do varejo de menor que o esperado e produção industrial mais fraca.

No lado da oferta, o Itaú BBA projeta expansão apenas em serviços (0,1%), com indústria (-0,3%) e agricultura (-1,2%) se retraindo. “A previsão é de queda de 0,2% do PIB no primeiro trimestre”, afirma Luka Barbosa, economista do Itaú BBA, sobre a projeção do banco. Já o BTG não prevê crescimento nem mesmo em serviços (estagnado), com agricultura caindo 0,9% e a indústria perdendo 0,7%. Em relatório enviado a clientes assinado por Priscilla Burity e Bruno Balassiano, o BTG também prevê contração de 0,2%. Em relatório divulgado a clientes, o Goldman Sachs ressalta a contração da produção industrial como um dos fatores para declínio, na previsão do banco, de 0,1% do PIB no primeiro trimestre.

Para Nelson Marconi, professor e economista da FGV-SP, contribui para queda, no lado da oferta, a diminuição da atividade extrativa. “Houve um ritmo menor na produção da Petrobras (SA:PETR4) e a Vale (SA:VALE3) foi afetada pelo acidente em Brumadinho”, diz o economista, que projeta um PIB entre 0% e queda de 0,5%.

No lado da demanda, há perspectiva de um crescimento moderado apenas no consumo, com exceção do BTG Pactual (SA:BPAC11), que prevê aumento de 0,6% nos investimentos. “O PIB apresenta, desde 2017, crescimento moderado do consumo e investimentos estagnados com eventuais contrações”, explica Barbosa do Itaú BBA, que prevê alta de 0,1% no consumo e queda de 1,1% nos investimentos. “O consumo melhora um pouco por causa do comércio”, diz Marconi da FGV.

“O crédito para as pessoas físicas está maior do que para as empresas, mas desemprego se recupera lentamente”, afirma Faria do BNP sobre o consumo. “É emprego ou ocupação?”, questiona José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator e primeiro colocado no 2019 Analyst Forecast Awards, que reconhece as previsões mais precisas dos principais indicadores macroeconômicos, e prevê uma queda de 0,3%, sem descartar a possibilidade de uma retração maior, de até 1%.

O economista do Fator avalia que o desemprego cai por causa do aumento da ocupação informal, o que é uma base frágil para uma alta sustentável do consumo e demonstra outro empecilho para a retomada do crescimento. “[Essas ocupações] não são frutos de decisões empresariais”, aponta Gonçalves sobre as dificuldades da retomada dos investimentos. “As empresas não contratam porque se aumentar a produção leva ao prejuízo”, afirma ao relembrar que, neste caso, vira um círculo vicioso: se não há emprego, não aumenta investimentos.

Em relação aos outros componentes da demanda, a avaliação foi semelhante. Os gastos do governo vão apresentar variação insignificante por causa da regra do teto de gastos. Já o setor externo não vai contribuir com o crescimento do PIB devido ao aumento das importações e à desaceleração das exportações, contribuindo, assim, negativamente para o PIB do período, conforme avalia o Goldman Sachs. As vendas para o exterior estão diminuindo por causa da desaceleração econômica global, segundo todos os analistas consultados.

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