Pesquisa do BCE prevê inflação menor do que esperado anteriormente e taxa de 2% no longo prazo

Publicado 25.07.2025, 07:47
Atualizado 25.07.2025, 07:50
© Reuters. Sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt, na Alemanhan18/07/2024nREUTERS/Jana Rodenbusch

FRANKFURT (Reuters) - A inflação da zona do euro pode ser menor neste ano e no próximo do que o esperado anteriormente e permanecerá em torno da meta de 2% do Banco Central Europeu no longo prazo, mostrou a Pesquisa de Analistas Profissionais do BCE nesta sexta-feira.

A inflação tem recuado nos últimos anos e agora gira em torno da meta de 2%, uma das principais razões pelas quais o BCE deixou a taxa de juros inalterada na quinta-feira e sinalizou que não tem pressa em reduzir os juros ainda mais depois de cortar pela metade sua taxa para 2% desde junho de 2024.

A inflação agora é vista atingindo uma média de 2% neste ano, abaixo dos 2,2% previstos há três meses, e depois desacelerará para 1,8% no próximo ano, abaixo da expectativa anterior de 2%, indicou a pesquisa, um insumo importante nas deliberações de política monetária.

"Espera-se que as tarifas tenham um pequeno impacto negativo (sobre a inflação) no curto prazo, mas que sejam, de modo geral, neutras em 2027 e no horizonte de longo prazo", disse o BCE.

No entanto, é provável que a queda abaixo da meta seja temporária e que o crescimento dos preços retorne a 2% nos anos subsequentes e, em seguida, permaneça na meta até mesmo no prazo mais longo, definido como 2030, segundo a pesquisa.

A inflação estável em torno de 2% e o crescimento econômico relativamente saudável são os motivos pelos quais alguns membros do BCE estão começando a duvidar da necessidade de mais cortes de juros e os mercados veem apenas 50% de chance de outra redução no atual ciclo de afrouxamento monetário.

Também é provável que o crescimento econômico seja um pouco melhor do que o previsto, acelerando para 1,1% neste ano, acima dos 0,9% observados anteriormente, segundo a pesquisa.

A expectativa é de que o crescimento sofra um grande impacto neste ano devido às tensões comerciais com os Estados Unidos, mas o primeiro semestre do ano foi um pouco mais forte do que se pensava anteriormente, indicando resiliência econômica.

As expectativas de desemprego permaneceram praticamente inalteradas e a taxa de desemprego é vista em 6,3%, caindo para 6,2% no longo prazo.

(Reportagem de Balazs Koranyi)

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