Por Scott DiSavino
(Reuters) - Os preços do petróleo subiram cerca de 2%, atingindo o maior nível em três semanas nesta terça-feira, com notícias de estímulo monetário da China -- o maior importador de petróleo do mundo -- e em meio a preocupações de que o crescente conflito no Oriente Médio pode afetar o fornecimento regional.
Os mercados de petróleo perderam alguns ganhos anteriores, já que ficou mais claro que um furacão que ameaça a Costa do Golfo dos Estados Unidos nesta semana provavelmente não atingiria a maioria das regiões produtoras de petróleo e gás natural offshore e atingiria a Flórida. A região é responsável por 15% da produção de petróleo e 2% da produção de gás natural do país.
Os contratos futuros do Brent subiram 1,27 dólar, ou 1,7%, e fecharam em 75,17 dólares por barril, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu 1,19 dólar, ou 1,7%, para 71,56 dólares por barril.
Esse foi o maior fechamento do Brent desde 2 de setembro.
"O anúncio do governo chinês de seu maior pacote de estímulo desde a pandemia, combinado com o aumento repentino da tensão geopolítica no Oriente Médio... deu um golpe no sentimento de baixa que dominou os mercados de petróleo nas últimas três semanas", disse Claudio Galimberti, diretor de análise de mercado global da Rystad Energy, em nota.
O banco central da China divulgou seu maior estímulo desde a pandemia da Covid-19 para tirar a economia de seu estado deflacionário e voltar a atingir a meta de crescimento do governo, mas analistas alertaram que mais ajuda fiscal é vital para atingir essas metas.
No Oriente Médio, uma das principais regiões produtoras de petróleo, um ataque aéreo israelense em Beirute matou um comandante sênior do Hezbollah, enquanto ataques com foguetes transfronteiriços de ambos os lados aumentavam os temores de uma guerra total na região.
Os ataques correm o risco de levar o Irã, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, para mais perto de um conflito com Israel. O Irã apoia o grupo militante libanês.