Presidente do Fed de Chicago diz querer mais garantias sobre inflação para cortar juros em setembro

Publicado 15.08.2025, 10:28
Atualizado 15.08.2025, 12:25
© Reuters. Presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, durante evento em Nova York, nos EUAn10/04/2025nREUTERS/Brendan McDermid

(Reuters) - O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, deixou a porta aberta nesta sexta-feira para apoiar um corte na taxa de juros em setembro, mas disse que relatórios recentes mostrando um aumento na inflação de serviços preocupam em meio ao que ele chama de impulso "estagflacionário" das tarifas.

"Sinto que ainda precisamos de mais um (dado), pelo menos, para descobrir se ainda estamos no caminho certo", disse Goolsbee à CNBC.

"Se pudermos nos assegurar ou receber uma dica de que nesta reunião, ou nas próximas reuniões, não estamos em uma espiral inflacionária que parece ser persistente, ainda acho que faz sentido, dada a força da economia, mover os juros mais de volta para onde achamos que eles vão se estabelecer."

O banco central dos EUA tem mantido sua taxa de juros inalterada durante todo o ano, enquanto monitora o impacto das tarifas mais altas do governo do presidente Donald Trump, que as autoridades do Fed esperam que aumente a inflação e o desemprego e desacelere a economia.

Até o momento, os dados não confirmaram seus piores temores. Com a desaceleração da economia, tanto os economistas quanto os mercados esperam que o Fed comece a cortar os juros novamente no próximo mês.

Ainda assim, houve alguns sinais preocupantes sobre a inflação, junto de sinais mistos sobre a continuidade dos gastos ainda fortes dos consumidores. Os dados desta sexta-feira foram um exemplo disso.

As vendas no varejo dos EUA subiram 0,5% no mês passado, após uma revisão para cima de 0,9% em junho, informou o Departamento de Comércio. Isso aliviou algumas preocupações de que a baixa nos ganhos mensais de emprego nos últimos três meses sinalizava uma possível queda na atividade econômica.

A produção manufatureira permaneceu inalterada ante junho, segundo um relatório separado, um pouco melhor do que o previsto, mas a produção de caminhões pesados, que é vista como um indicador antecipado da demanda por equipamentos para entrega de mercadorias, caiu para o nível mais baixo desde outubro.

No entanto, um outro relatório desta sexta-feira mostrou que os preços de importação subiram 0,4% em julho, em meio a um forte aumento no custo dos bens de consumo.

Esse foi um sinal de alerta em potencial para a inflação, que se seguiu aos relatórios que mostraram que um salto nos preços dos serviços ajudou a aumentar o custo dos bens de consumo.

"Isso me deixa um pouco apreensivo, porque é muito improvável que seja causado por tarifas, então espero que tenha sido um pequeno sinal", disse Goolsbee sobre os relatórios do índice de preços ao produtor e do índice de preços ao consumidor.

"Não vamos reagir de forma exagerada a um mês de dados de preços de importação, com certeza. Não vamos reagir de forma exagerada a um mês de inflação. Mas é pelo menos uma área de preocupação", disse ele.

(Reportagem de Ann Saphir)

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