Os mercados asiáticos enfrentaram um início de semana desafiador, com os rendimentos do Tesouro dos EUA subindo, com o rendimento de 10 anos atingindo 4,50% na segunda-feira, marcando o maior rendimento e o aumento mais acentuado em um dia em um mês. Esse aumento significativo nos rendimentos ocorreu em meio a preocupações dos investidores com os efeitos inflacionários das políticas propostas nos Estados Unidos.
Apesar da alta nos rendimentos, as ações globais, incluindo Wall Street e os mercados europeus, experimentaram um início robusto para o novo trimestre. As ações japonesas se beneficiaram da depreciação do iene para mais de 161,00 por dólar, enquanto as ações chinesas foram impulsionadas por dados encorajadores da manufatura.
A segunda-feira revelou uma surpresa positiva no setor manufatureiro da China, com o S&P Global Purchasing Managers Index (PMI) de maio indicando a expansão mais rápida em mais de três anos. Isso contrastou com o PMI oficial do Escritório Nacional de Estatísticas divulgado no domingo, que mostrou uma contração na atividade fabril.
Ainda assim, a alta nos rendimentos dos EUA pode representar dificuldades para as ações asiáticas e de mercados emergentes, que permaneceram estagnadas. O forte aumento nos custos de empréstimos denominados em dólar, juntamente com a falta de eventos econômicos e políticos significativos programados para terça-feira, sugere que os mercados regionais podem ter dificuldades para encontrar impulso.
No Japão, o iene continuou a ser negociado em mínimas de 38 anos em relação ao dólar, o que levou a especulações sobre uma possível intervenção das autoridades japonesas. Com o feriado dos EUA em 4 de julho se aproximando, os participantes do mercado estão em alerta para qualquer movimento inesperado do Japão para estabilizar sua moeda.
As autoridades chinesas estão tomando medidas para atrair capital estrangeiro e lidar com a recente queda nas taxas de juros domésticas, em meio a preocupações econômicas. Além disso, os dados mostraram que os preços das novas casas na China em junho cresceram no ritmo mais lento em cinco meses, indicando efeitos limitados do apoio do governo ao setor imobiliário.
Olhando para o futuro, os principais dados econômicos de terça-feira na Ásia se concentrarão nos números de inflação da Coreia do Sul para junho, com expectativas de alta mensal de 0,1% e alta anual de 2,7%, espelhando os números de maio.
A inflação persistentemente baixa pode levar o Banco da Coreia a considerar um corte na taxa de juros, já que a inflação global anual foi a última vez moderada em julho do ano anterior, e o núcleo da inflação de maio, de 2,2%, foi o mais baixo desde dezembro de 2021.
Os mercados também estarão atentos aos números de vendas no varejo de Hong Kong para junho e aos dados de oferta monetária do Japão para o mesmo mês para avaliar a saúde econômica e o comportamento do consumidor na região.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.