Por Heather Schlitz
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros da soja negociados em Chicago despencaram nesta quinta-feira em relação à máxima de dez meses registrada na sessão anterior, pressionados por uma queda acentuada do óleo de soja, causada por preocupações com as metas de biocombustíveis dos EUA, segundo traders.
Os futuros mais ativos do óleo de soja em Chicago caíram para seu limite diário, a 49,32 centavos de dólar por libra-peso, pressionando a soja.
Na quarta-feira, a soja havia atingido seu preço mais alto desde o final de julho, impulsionada pela diminuição da disputa comercial entre os EUA e a China e pelo otimismo quanto à continuidade dos créditos fiscais dos EUA para o biodiesel.
No entanto, as preocupações com a política de biocombustíveis ressurgiram desde quarta-feira, com rumores de que a meta de volumes de diesel renovável em discussão para o próximo ano ficará bem abaixo dos 5,25 bilhões de galões propostos por uma aliança de produtores de petróleo e biocombustíveis.
"Foi decepcionante para as pessoas que estavam esperando um número maior", disse Terry Linn, vice-presidente da Linn & Associates.
A soja terminou em baixa de 26,50 centavos, a US$ 10,5125 por bushel.
Enquanto isso, o otimismo em relação a uma trégua temporária na guerra comercial entre os EUA e a China diminuiu, já que os analistas aguardam mais detalhes sobre as negociações em andamento.
O milho fechou em alta de 3 centavos, a US$4,485, embora os contratos mais distantes tenham caído sob pressão das condições ideais de plantio e desenvolvimento no cinturão do milho dos EUA.
O trigo terminou em alta de 8 centavos, para US$ 5,3275 o bushel, já que os preços baixos desencadearam uma onda de demanda por trigo americano barato.
As vendas de exportação de trigo dos EUA na semana encerrada em 8 de maio totalizaram 804.800 toneladas métricas, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, no limite superior das expectativas dos analistas.
Um tour pela safra dos EUA no Kansas nesta semana apontou para rendimentos acima da média no maior Estado produtor de trigo do país.
(Reportagem de Heather Schlitz em Chicago; reportagens adicionais de Ella Cao e Lewis Jackson em Pequim e Gus Trompiz em Paris)