Bitcoin oscila com dados de inflação, mas mantém suporte crucial
Investing.com — A guerra comercial com os Estados Unidos já começa a produzir efeitos sobre a economia chinesa. As tarifas elevadas impostas por Washington vêm pressionando os pedidos de exportação e a atividade industrial no país asiático.
A desaceleração no setor manufatureiro da China refletiu o impacto direto dessas tarifas, com destaque para a retração nas encomendas destinadas ao exterior durante o mês de abril. Dados divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento Nacional de Estatísticas da China apontam que o subíndice de novos pedidos de exportação atingiu o patamar mais baixo desde a crise sanitária de 2022.
Além disso, o desempenho geral da indústria manufatureira foi o mais fraco em mais de um ano. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) caiu para 49, o que sinaliza contração no setor. Este é o menor nível desde dezembro de 2022, coincidindo com o mesmo ponto mínimo atingido pelos pedidos de exportação.
Analistas da Capital Economics alertaram que a queda expressiva do PMI pode estar amplificando o efeito das tarifas, em parte devido ao pessimismo dominante entre empresários e agentes econômicos. Ainda assim, reconheceram que os dados evidenciam pressões crescentes sobre a economia chinesa em meio à retração da demanda global.
“O governo tem ampliado o suporte fiscal, mas é improvável que isso neutralize integralmente os efeitos negativos das tarifas. Nossa expectativa é de que o crescimento fique limitado a 3,5% neste ano”, avaliou o economista Zichun Huang em nota aos clientes.
O agravamento do cenário econômico reforça a necessidade de Pequim intensificar as medidas de estímulo e buscar um entendimento com os EUA. Apesar disso, o governo chinês mantém uma postura de enfrentamento.
Esses desdobramentos evidenciam o impacto das tarifas rigorosas impostas pelo presidente Trump sobre as importações chinesas. O efeito já começa a atingir áreas centrais da atividade econômica do país, ampliando a pressão por respostas por parte da liderança em Pequim.
A evolução do quadro também aumenta a pressão sobre o presidente Xi Jinping para que avance em uma solução negociada com os EUA. Ainda assim, a retórica atual de Pequim segue desafiadora diante do que classifica como intimidação econômica por parte de Washington.
Uma outra medida alternativa dos pedidos de exportação apresentou queda ainda mais acentuada, recuando para 44,7 em abril, também o pior resultado desde dezembro de 2022.
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