Lula pede que Trump reflita sobre importância do Brasil e negocie tarifas
Por Andrew Gray e Andrea Shalal
GLASGOW (Reuters) - Os Estados Unidos fecharam um acordo comercial com a União Europeia, anunciou o presidente dos EUA, Donald Trump, neste domingo, evitando uma disputa em espiral entre dois aliados que respondem por quase um terço do comércio global.
O acordo -- que inclui uma tarifa de 15% sobre os produtos exportados pela UE aos EUA, além de compras significativas de energia e equipamentos militares norte-americanos por parte do bloco europeu -- trará uma clareza bem-vinda para as empresas da UE.
Mas a tarifa básica de 15% será vista por muitos na Europa como um resultado ruim, se comparado à ambição inicial de um acordo tarifário "zero por zero", ainda que melhor do que a taxa de 30%.
O anúncio foi feito depois que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, viajou para a Escócia para conversar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para negociações.
Trump, que tenta reordenar a economia global e reduzir os déficits comerciais de décadas dos EUA, até agora conseguiu acordos com Reino Unido, Japão, Indonésia e Vietnã, embora seu governo não tenha conseguido cumprir a promessa de "90 acordos em 90 dias".
Trump tem se insurgido periodicamente contra a União Europeia, dizendo que ela foi "formada para ferrar os Estados Unidos" no comércio.
Seu principal problema é o déficit comercial de mercadorias dos EUA com a UE, que em 2024 chegou a US$235 bilhões, de acordo com dados do U.S. Census Bureau. A UE aponta para o superávit dos EUA em serviços, que, segundo ela, corrige parcialmente o equilíbrio.
(Reportagem adicional de Richard Lough em Paris, Andrea Shalal em Edimburgo, Andrew Gray e Julia Payne e Philip Blenkinsop em Bruxelas)