Por Johann M Cherian e Sukriti Gupta e Carolina Mandl
(Reuters) - As ações encerraram esta quarta-feira perto da estabilidade nos Estados Unidos, em uma sessão em que os papeis tiveram dificuldades para encontrar uma direção clara, conforme investidores digeriam o impacto de dois conjuntos conflitantes de dados de empregos e uma notícia de que o presidente eleito Donald Trump estaria considerando declarar emergência econômica nacional sobre a inflação.
A ata da reunião de 17 e 18 de dezembro do Federal Reserve mostrou nesta quarta-feira que as autoridades viam um risco crescente de que as pressões sobre os preços pudessem permanecer rígidas, uma vez que dirigentes do Fed começaram a se preocupar com o impacto das políticas esperadas do novo governo Trump.
O humor do mercado ficou frágil depois que uma reportagem da CNN disse que Trump está pensando em criar o novo programa de tarifas usando a Lei de Poderes de Emergência Econômica Internacional, que autoriza o presidente a administrar as importações durante uma emergência nacional.
Antes da posse de Trump, no final deste mês, as preocupações com possíveis sobretaxas sobre os parceiros comerciais dos EUA devem manter os investidores nervosos, já que as políticas de Trump, incluindo deportações em massa e tarifas, podem alimentar as pressões inflacionárias.
"Se forem implementadas tarifas mais amplas, isso poderá ter um impacto de curto prazo sobre a inflação", disse Thomas Hayes, presidente da Great Hill Capital. "O Fed ficará de braços cruzados e verá se ele (Trump) realmente decretará tarifas punitivas e, se o fizer, quanto desse possível impacto inflacionário será compensado pelos cortes nos gastos do governo."
O Dow Jones subiu 0,25%, para 42.635,20 pontos. O S&P 500 ganhou 0,16%, para 5.918,23 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq teve variação negativa de 0,06%, para 19.478,88 pontos.
Oito dos 11 setores do S&P 500 registraram ganhos, liderados pelo de saúde, que subiu 0,53%.