Estrasburgo(França), 9 out (EFE).- A delegada de polícia europeia de Interior, Cecilia Malmström, pediu nesta quarta-feira "ações, e não palavras" aos países da União Europeia (UE) sobre a tragédia de Lampedusa, assim como a mobilização de mais recursos, em resposta ao que considerou como um episódio necessário para chamar a atenção do bloco a ponto de provocar uma reação.
Cecilia, que saiu de Lampedusa diretamente para Estrasburgo, disse não ter palavras "para definir a magnitude da tragédia e o horror dos quase 300 caixões, alguns, de crianças, decorados com ursinhos de pelúcia", descreveu.
Os eurodeputados dos grupos políticos majoritários na Eurocâmara, os populares (PPE), social-democratas (S&D) e liberais europeus (ALDE), se mostraram decepcionados diante da delegada pelo fato de os ministros de Interior europeus não terem se convencido a destinar mais recursos para o controle de fronteiras e a serem mais solidários.
"Não há solidariedade. Precisamos de uma política melhor de redistribuição de responsabilidades", disse o conservador italiano Salvatore Iacolino, que tachou de "insuficientes" os 30 milhões de euros de ajuda extraordinária anunciada pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Da mesma forma, Agustín Díaz de Mera (PP) afirmou que "a UE tem um compromisso moral de fazer reformas legislativas para castigar os mafiosos e proteger as vítimas" da imigração ilegal.
A espanhola Carmen Romero (PSOE) falou em "decepção" para expressar seu sentimento depois de o Conselho de Ministros de Interior ter decidido criar um grupo de trabalho como principal medida após o acidente na costa da ilha italiana.
"Em vez de outro grupo de proteção, por que não criam equipes de investigação para agir de forma conjunta na luta contra as redes de traficantes?", perguntou a socialista espanhola à delegada de polícia de Interior durante o debate.
A líder dos Verdes, a alemã Rebecca Harms, tachou de "vergonha" o sucedido e disse que há décadas "o Mediterrâneo se transformou em uma vala comum".
As formações de extrema direita representadas na Eurocâmara mostraram sua oposição às políticas de imigração que, em sua opinião, possam produzir um "efeito atrativo".
A presidente da Frente Nacional da França, Marine Le Pen, disse ao resto da Eurocâmara que "se as leis de imigração forem modificadas dando a entender que a Europa abriu suas portas, todos serão cúmplices de cada um que morrer no mar após se aventurar em uma barca".
"Em vez disso, é preciso fazer os imigrantes entenderem que não adiantará nada se aventurar, e arriscar a sorte, porque atuaremos com contundência e os mandaremos de volta a seus lugares de origem", acrescentou Marine. EFE
Cecilia, que saiu de Lampedusa diretamente para Estrasburgo, disse não ter palavras "para definir a magnitude da tragédia e o horror dos quase 300 caixões, alguns, de crianças, decorados com ursinhos de pelúcia", descreveu.
Os eurodeputados dos grupos políticos majoritários na Eurocâmara, os populares (PPE), social-democratas (S&D) e liberais europeus (ALDE), se mostraram decepcionados diante da delegada pelo fato de os ministros de Interior europeus não terem se convencido a destinar mais recursos para o controle de fronteiras e a serem mais solidários.
"Não há solidariedade. Precisamos de uma política melhor de redistribuição de responsabilidades", disse o conservador italiano Salvatore Iacolino, que tachou de "insuficientes" os 30 milhões de euros de ajuda extraordinária anunciada pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Da mesma forma, Agustín Díaz de Mera (PP) afirmou que "a UE tem um compromisso moral de fazer reformas legislativas para castigar os mafiosos e proteger as vítimas" da imigração ilegal.
A espanhola Carmen Romero (PSOE) falou em "decepção" para expressar seu sentimento depois de o Conselho de Ministros de Interior ter decidido criar um grupo de trabalho como principal medida após o acidente na costa da ilha italiana.
"Em vez de outro grupo de proteção, por que não criam equipes de investigação para agir de forma conjunta na luta contra as redes de traficantes?", perguntou a socialista espanhola à delegada de polícia de Interior durante o debate.
A líder dos Verdes, a alemã Rebecca Harms, tachou de "vergonha" o sucedido e disse que há décadas "o Mediterrâneo se transformou em uma vala comum".
As formações de extrema direita representadas na Eurocâmara mostraram sua oposição às políticas de imigração que, em sua opinião, possam produzir um "efeito atrativo".
A presidente da Frente Nacional da França, Marine Le Pen, disse ao resto da Eurocâmara que "se as leis de imigração forem modificadas dando a entender que a Europa abriu suas portas, todos serão cúmplices de cada um que morrer no mar após se aventurar em uma barca".
"Em vez disso, é preciso fazer os imigrantes entenderem que não adiantará nada se aventurar, e arriscar a sorte, porque atuaremos com contundência e os mandaremos de volta a seus lugares de origem", acrescentou Marine. EFE