NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do cacau negociados na bolsa ICE de Nova York subiram para uma máxima de sete anos nesta terça-feira, com as inundações na Costa do Marfim, maior produtor global, aumentando as preocupações sobre a escassez de oferta, enquanto os preços do açúcar caíram.
Cacau
* O contrato setembro do cacau em Nova York subiu 54 dólares para 3.184 dólares a tonelada métrica, tendo atingido uma máxima de sete anos de 3.216 dólares.
* Os operadores disseram que o mercado foi sustentado por suprimentos apertados, com fortes chuvas e inundações na Costa do Marfim representando uma ameaça para a safra no maior produtor mundial.
* O Citi elevou sua previsão de preços para o cacau, embora tenha dito que uma correção para baixo pode acontecer em breve.
Açúcar
* O contrato julho do açúcar bruto caiu 0,31 centavo para 25,16 centavos de dólar por libra-peso.
* Os operadores disseram que a forte produção no centro-sul do Brasil ajudou a diminuir as preocupações com a escassez de suprimentos.
* A produção de açúcar no centro-sul do Brasil na segunda quinzena de maio totalizou 2,9 milhões de toneladas, um aumento de 25,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Unica.
* O açúcar branco agosto caiu 4,60 dólares para 680,00 dólares a tonelada métrica.
Café
* O café robusta setembro subiu 8 dólares para 2.689 dólares a tonelada métrica, consolidando-se logo abaixo do recorde da semana passada de 2.790 dólares.
* Os comerciantes de café robusta no principal produtor e exportador, o Vietnã, estão mantendo os estoques do grão, exacerbando a escassez de oferta que impulsionou os futuros de referência.
* O Cecafé disse que os preços do robusta no Brasil são semelhantes aos do Vietnã, o que pode impulsionar as exportações da nova safra.
* O café arábica setembro caiu 1,7%, para 1,7870 dólar por libra-peso.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)