Investing.com – Na expectativa do início da temporada de balanços brasileira, os investidores seguem com a repercussão de dados financeiros de gigantes do mercado americano. Na próxima semana, será a vez da fabricante de veículos elétricos Tesla e do serviço de streaming Netflix reportarem seus dados referentes ao quarto trimestre de 2023. O mercado ainda vai avaliar dados econômicos como a prévia da inflação no Brasil, atividade econômica americana e o indicador preferido do Federal Reserve para avaliar a inflação.
Calendário econômico global
A política monetária japonesa será definida na segunda, com possível mudança nas taxas negativas, hoje em 0,10%, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) pode indicar na quinta se inicia em breve a reversão para diminuição nos juros, hoje em 4,5%.
O Produto Interno Bruto (PIB) americano do quarto trimestre será conhecido na quinta, assim como os preços do PCE do período. A economia dos Estados Unidos cresceu 4,9% na taxa anualizada no terceiro trimestre deste ano e economistas aguardam os dados do último trimestre do ano para ter certeza de que haveria um processo de pouso suave, ou seja, um processo de desinflação sem que ocorra uma recessão.
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Thomas Monteiro, analista do Investing.com, avalia que mesmo que seja esperado que os números do PIB do quarto trimestre caiam para entre 1,8% e 1,9%, marcando uma diminuição significativa em relação ao crescimento robusto de 4,9% do terceiro trimestre, estes números ainda retratariam uma economia dos EUA muito resiliente.
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“Isso ocorre principalmente ao efeito de base de um quarto trimestre de 2023 muito sólido, em contraste com o que aconteceu no terceiro trimestre de 2023, quando a economia sentiu mais profundamente os efeitos dos aumentos das taxas de juros. Os dados recentes sobre as vendas no varejo e a indústria transformadora apoiam o fato de os riscos para a atividade do PIB estarem inclinados no sentido ascendente”, afirma Monteiro.
Caso os números sejam melhores do que o esperado, isso poderia transmitir uma mensagem de risco aos mercados no curto prazo, uma vez que diminuiria a necessidade imediata de a Fed se movimentar, dando assim a Jerome Powell, presidente do Fed, mais tempo para manter taxas de juros mais elevadas, em sua visão.
“No geral, porém, isso seria apenas um obstáculo de curto prazo e, como tal, os investidores não deveriam acreditar na narrativa de que más notícias são boas notícias. Uma economia forte é positiva para os lucros das empresas e, salva de uma surpresa positiva muito impressionante, não impedirá a Fed de mudar já no primeiro semestre’, completa.
Para fechar a semana, o mercado vai direcionar os olhos ao Índice de Preços PCE de dezembro, que será divulgado na sexta. O PCE é o indicador preferido do Federal Reserve para avaliação dos preços ao consumidor e definição de sua política monetária. O indicador recuou 0,1% no mês de novembro, mas o núcleo registrou acréscimo de 0,1%.
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Calendário econômico brasileiro
A semana inicia com Boletim Focus na segunda. Na quinta, a Fundação Getulio Vargas divulga os dados de Confiança do Consumidor FGV do mês de janeiro. O mercado ainda conhece indicadores de transações correntes e investimento estrangeiro direto e, na mesma data, ocorre reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O foco, no entanto, será a prévia da inflação. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15, o (IPCA-15) na sexta-feira. Em dezembro, o IPCA-15 apresentou variação positiva de 0,40%.
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Temporada de balanços dos EUA
No Calendário de Balanços do Investing.com, é possível verificar as perspectivas para os balanços da big techs e outras empresas americanas. Os balanços começam com Netflix (NASDAQ:NFLX) na terça, Tesla (NASDAQ:TSLA) na quarta e seguem com Visa (NS:VISA) e Intel (NASDAQ:INTC) na quinta.
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